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Ministro do Trabalho fala sobre o Projeto Motociclistas do Brasil


12/06/2009



O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) encomendou junto a Fundacentro (Fundação Jorge Duprat de Saúde e Segurança do Trabalho) um estudo completo da situação em que vive o trabalhador motociclista no Brasil. A informação foi transmitida pelo próprio ministro Carlos Lupi, ao presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, quando de sua visita ao Sindimoto (Sindicato dos Motoboys de São Paulo), filiado a UGT, para anunciar linha de crédito de R$100 milhões para a renovação da frota de motos.

O pedido, segundo o ministro, faz parte do projeto Motociclistas do Brasil" e vai coletar informações sobre as atividades de motofretistase mototaxistas, registros de acidentes de trânsito com intervenção médica em hospitais públicos de grandes centros urbanos. Em poder dessa estatística o Ministério do Trabalho fará um levantamento social dos motociclistas envolvidos em acidentes.

Durante conversa com os presidentes Ricardo Patah, Gilberto Almeida o"Gil", respectivamente da UGT e Sindimoto, o ministro Lupi disse que "a intenção é utilizar os dados deste estudo para desenvolver políticas públicas direcionadas a profissionais que utilizam motocicletas como instrumento de trabalho. É preciso conscientizar os pilotos da importância de trafegar com segurança, pois o maior valor que temos é nossa vida, e aquele motociclista estendido no chão que vemos pelas ruas não é apenas mais um, ele tem família, tem filhos, e precisa pilotar moto para levar sustento para casa", disse Lupi.

Atualmente, há 11 milhões de motocicletas no país, 3 milhões delas utilizadas como instrumento de trabalho. Estima-se a ocorrência anual de um milhão de acidentes de trânsito envolvendo motos, dos quais 214 mil resultam em atendimento médico-hospitalar. Carlos Lupi anunciou ainda a abertura de um Plano Setorial de Qualificação (Planseq) para motofretistas em São Paulo, a exemplo do que acontece em Goiás.

Ricardo Patah elogiou essas ações porque as mesmas vêm ao encontro das propostas da própria UGT, como a educação, fator primordial para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. "Sempre defendemos a abertura de cursos profissionalizantes para que o trabalhador brasileiro tenha condições de enfrentar os desafios dos avanços da tecnologia que vemos hoje no mercado de trabalho", explicou Patah.

Sobre o projeto "Motociclistas do Brasil" , o presidente da UGT entende ser um avanço, para que o Governo disponha de uma radiografia completa da situação em que vive o trabalhador que tem na motocicleta seu principal instrumento de trabalho. "É triste para nós, que representamos diversas categorias de trabalhadores, deparar quase que todos os dias com uma cena de acidente de trânsito com vítima envolvendo motociclista", concluiu. "


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