09/06/2009
A direção nacional da UGT (União Geral dos
Trabalhadores) repudia os métodos violentos adotados pela
Polícia Militar do Estado de São Paulo para tentar
conter uma manifestação de funcionários e
estudantes da USP (Universidade de São Paulo), ocorrida na
tarde de terça-feira (9). O confronto ocorreu quando um
grupo de aproximadamente 100 funcionários voltava de um
ato na portaria principal pedindo a saída da PM do campus
e a reabertura de negociações salariais com a Reitoria.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, lamenta que episódios
como esses ainda ocorram em pleno Século 21 num país
democrático. Lembra que os funcionários da USP
reivindicam seus direitos trabalhistas e a manifestação
foi conseqüência do movimento grevista, garantido pela
Constituição. Além disso, segundo o dirigente da UGT,
os PMs estavam lidando com funcionários e estudantes da
maior universidade da América Latina e não com
marginais.
Durante o confronto os policiais usaram bombas de efeito
moral e munições (balas de borracha) e cassetetes. Os
alunos responderam aos ataques com pedras e tijolos. Cinco
alunos e cinco policiais militares ficaram feridos. Alguns
chegaram a ser detidos e encaminhados para o Distrito
Policial. O presidente Ricardo Patah alerta que a UGT
condena essas ações, criticando a Polícia Militar
paulista por não ter métodos mais democráticos para
agir em situações como essas.
UGT - União Geral dos Trabalhadores