28/08/2019
Nos dias 23 e 24 de agosto, a Secretaria de Políticas Públicas e Migrações da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em parceria com o Solidarity Center (AFL-CIO) e o Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC), realizou uma Oficina de Cidadania e Direitos Trabalhistas para Migrantes e Refugiados em Florianópolis, Santa Catarina.
Participaram da ação 45 migrantes da Argentina, Haiti, Ucrânia e Venezuela.
O evento, que aconteceu no Sindicato dos Empregados em Empresas Prestadoras de Serviços de Asseio e Conservação no Município de Florianópolis (SINDLIMP) e contou com o envolvimento de sindicatos locais filiados à UGT, faz parte de um programa que visa aproximar sindicatos e migrantes venezuelanos que vêm sendo interiorizados pelo programa PANA, da Cáritas Brasil, ou que, por fluxo autônomo, vêm se instalando em cidades onde a UGT está presente.
“Esta é uma iniciativa cidadã, algo que está no DNA da UGT. Desde sua fundação, nossa Central desenvolve trabalhos em prol dos indígenas, dos migrantes, mulheres, LGBTs. Nossa mais recente conquista foi derrubar a liberação do trabalho aos domingos proposta pela MP 881. O trabalhador precisa ter seu momento de lazer e, principalmente, de estar com a família. Todos os cidadãos precisam”, disse Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, na abertura do evento.
Na ocasião, o SITRATUH (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares, Lanchonetes e de Turismo e Hospitalidade da Grande Florianópolis) e o SINDLIMP, ambos filiados à UGT, se disponibilizaram a ajudar os migrantes na busca ativa de vagas e os receberão nos próximos dias para iniciar esse trabalho.
Já o SINTTEL (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações em Santa Catarina), também filiado à União Geral dos Trabalhadores, realizará um programa de formação para os migrantes que queiram atuar na área de telecomunicações, dando continuidade a um trabalho piloto que já desenvolveu com migrantes haitianos que hoje estão empregados.
Durante a oficina, foram realizados debates, apresentações e dinâmicas de grupo que trataram de temas como políticas públicas, direitos trabalhistas e o apoio do movimento sindical às necessidades dos migrantes, tendo como principal objetivo a formação trabalhista, a plena cidadania e o trabalho decente para esse público.
“Essa parceria entre UGT, AFL-CIO e CDHIC é muito importante porque permite aproximar o trabalhador migrante dos sindicatos e, assim, garantir seus direitos. Apoiamos iniciativas como esta, porque promovem cidadania, seja para trabalhadoras domésticas, indígenas ou migrantes”, disse Jana Silverman, da Solidarity Center.
UGT - União Geral dos Trabalhadores