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União entre trabalhadores e o setor patronal busca superar a crise nacional e gerar empregos


27/06/2019

Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) participou, nesta quarta-feira (26), em Brasília, de uma reunião com as centrais sindicais e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI). No encontro foram debatidas a elaboração de medidas conjuntas para manutenção e geração de novos postos de trabalho, por meio do crescimento e fortalecimento das indústrias brasileiras.

 

Patah ressaltou que o Brasil tem uma capacidade grande de produção, enfatizando diversos segmentos como o petrolífero, bens de consumo, o agronegócio, entre outros, mas advertiu que estamos vivendo um delicado momento de transformação impulsionado pela chamada Revolução 4.0, onde cada vez mais a mão de obra humana está sendo substituída por robôs e pela inteligência artificial, o que inevitavelmente aumenta o índice de desemprego no País.

 

O sindicalista falou da perseguição e criminalização que o movimento sindical vem sofrendo, o que é danoso para a democracia brasileira, e fez uma observação em relação ao do fim da medida provisória (MP) 873, que impede o desconto em folha salarial da contribuição sindical, que passa a ser feita através de boleto bancário, reforçando que esta foi uma ação claramente orquestrada para acabar, definitivamente, com as entidades sindicais.

 

Contudo, Patah salientou que mesmo caducando a MP 873, existem rumores de que o governo já está elaborando nova MP ou portaria para, novamente, prejudicar o movimento sindical. “A estrutura sindical que no Brasil inteiro tinha cerca de 300 mil trabalhadores diretos, dados do Dieese, vem sofrendo muito com essa lei trabalhista que está em vigor. Uma legislação implantada com a promessa de gerar empregos, mas que só no movimento sindical fez mais de 100 mil desempregados, segundo estimativas do final de 2018”, explicou o líder ugetista que defendeu a unidade entre o capital e o trabalho para superar a crise que assola o País.

 

Representantes da CNI seguiram essa linha de pensamento, sugerindo uma série de ações conjuntas, visando elaborar propostas para serem apresentadas junto ao Congresso, com a finalidade de evitar que mais indústrias fechem as portas e aumente, assim, o número de desempregados.

 

A próxima reunião está marcada para o dia 10 de julho, na sede da CNI em Brasília. 




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