03/06/2019
Nos dias 30 e 31 de maio, aconteceu o 4º Congresso Nacional Ordinário da União Geral dos Trabalhadores (UGT), sob o tema Quarta Revolução Industrial, o Futuro do Trabalho e a Ação Sindical. Na ocasião, Ricardo Patah foi reeleito presidente da Central pelo próximo quadriênio.
O evento, realizado na Praia Grande, litoral de São Paulo, reuniu cerca de 800 sindicalistas de diversas categorias de todas as regiões do Brasil e dirigentes sindicais de mais de 20 países, além de outras Centrais, autoridades políticas e convidados.
Previamente ao Congresso, a UGT realizou, com apoio da Central Sindical Cristã (CSC) da Bélgica, uma série de eventos. Foram eles: o Seminário Continental de Formação sobre Trabalho Decente nas Cadeias Produtivas e Violência no Local de Trabalho; participação no Seminário Enfrentamento à Violência de Gênero, o Genocídio da Juventude Negra e os Impactos no Mundo do Trabalho; e o Seminário O Futuro do Trabalho: Um Desafio para os Sindicatos.
Com objetivo de promover a troca de boas práticas e construir, de forma conjunta, estratégias mundiais de garantia dos direitos da classe trabalhadora dentro e para além do local de trabalho, os principais temas abordados foram: trabalho decente, Revolução 4.0, violência no local de trabalho, desenvolvimento sustentável, migração, neoliberalismo e os desafios do movimento sindical.
Participaram dirigentes sindicais da Argentina, Bélgica, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
“O intercâmbio com outros sindicatos, especialmente de outros países, é muito importante para a manutenção do trabalho digno. Este encontro para discutir a Revolução 4.0, por exemplo, é algo relevante para todas as áreas, em nível mundial. Precisamos debater e não aceitar o alarmismo sobre as inovações tecnológicas. Elas fazem parte do desenvolvimento. Os empregos continuarão a existir e crescer, incorporando os ganhos técnicos. A sociedade precisa mudar também, acompanhar o desenvolvimento tecnológico sem perder de vista a consciência ambiental e o trabalho decente”, disse Mathieu Verjans, secretário nacional da CSC da Bélgica e membro do Bureau Executivo.
Desde sua fundação, em 2007, a UGT desenvolve projetos de cooperação e intercâmbio com a CSC, uma vez que as duas entidades possuem os mesmos princípios, valores e objetivos: a busca pelo trabalho decente e pela justiça social em todas as suas formas.
“Essa parceria com a CSC fortalece o movimento sindical brasileiro ao trazer experiências, aprendizados e boas práticas. A luta da CSC é a mesma da UGT: o trabalho decente, que envolve o fim das desigualdades, a inclusão da juventude, o cuidado com o meio ambiente, enfim, a justiça social, por meio da solidariedade”, diz o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah.
“A UGT, assim como a CSC belga, pratica o sindicalismo cidadão. É uma Central que se preocupa com todos os temas que envolvem o trabalhador, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Revolução 4.0, a mulher, os negros, os trabalhadores rurais, a juventude... Nosso apoio vem dessa sinergia de objetivos”, explica a reponsável pelas relações internacionais da CSC da Bélgica, Annick Ruyver.
A CSC é uma influente interlocutora social – reconhecida e respeitada tanto pelos trabalhadores quanto pelos empregadores e pelos governos – que defende os direitos dos trabalhadores em todo o mundo. A entidade prega a solidariedade em busca de uma sociedade justa e atua em diversos segmentos de luta, como igualdade entre homens e mulheres, trabalhadores desempregados, juventude, migrantes, aposentados, diversidade humana, combate à discriminação e ao racismo, capacitação, desenvolvimento sustentável, proteção social, qualidade de vida etc.
Os eventos promovidos pela UGT também contaram com a parceria da Confederação Sindical das Américas (CSA), Confederação Sindical Internacional (CSI) e WSM Solidariedade Mundial, sob coordenação do IAE (Instituto de Altos Estudos da UGT) e Ipros (Instituto de Promoção Social). Participaram, ainda, representantes da UFCW USA, Solidarity Center, OIT (Organização Internacional do Trabalho), UNI AMERICAS, VERDI-DGB, AFL-CIO e SEIU (USA).
UGT - União Geral dos Trabalhadores