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Entrevista ao Jornal Nosso Caminho, São Paulo, 11 de Maio de 2009.


19/05/2009



Jornalista Otacílio Ferreira da Costa

Ao encerrar o 1º Seminário Nacional Brasil Comunitário, realizado em 17 de abril de 2009 na sede da SENTRACOS/UGT, com a participação de lideranças nacionais da CBC e da COBRAM, o representante do Jornal NOSSO CAMINHO, convoca a direção das Entidades Nacionais
Tadeu Amaral - COOPERCHAVE, Francisco Ferreira de Sousa - COBRAM, Paulo Mena Berdett - CBC, Jose Artur e Izaias - Micro Credito Solidário - Brasil Confia, para definir qual o papel do Movimento Comunitário Nacional nos dias de hoje.

NOSSO CAMINHO: O que é o Movimento Comunitário?

CBC e COBRAM: Os movimentos Comunitários hoje são organizações baseadas em PRINCÍPIOS e VALORES. Na base são Moradores que se unem para REIVINDICAR AS MELHORIAS para seu Bairro, Vilas ou Favelas, para isto constituindo uma SABs - Sociedade Amigos do Bairro, Associação de Morador seja de Bairro ou favela, ou um Clube de Mães. É o maior movimento de pessoas com os mesmos objetivos, que se tem noticia em todo o Mundo, no Brasil de forma organizada em 1988 ultrapassamos os 7.000.000 (Sete milhões de Associados), ou setenta por cento do Programa Social da SEHAC - Secretaria Especial de Habitação e ação Comunitária, do Governo Sarney.

NOSSO CAMINHO: Como está organizado o Movimento Comunitário, no Brasil e no Mundo e qual a dimensão?

CBC E COBRAM: O Movimento Comunitário esta organizado em 06 (seis) níveis: I - O Bairro, Vila ou Favela, (SABS e ou Associações)
II - O Município ou Região
(Conselhos ou Uniões Municipais ou Regionais)
III - O Estado: (Conselho ou Federações)
IV - Nacional
(Confederação e Coordenação)
V - Continental: (Confederações ou Fretes)
VI - Mundial: (Federações).

NOSSO CAMINHO: Quais as Bandeiras do Movimento Comunitário Nacional?

CBC e COBRAM: Depois de haver estudado amplamente a problemática social que vive os Moradores em condições de marginalidade Social: Constatamos:

Que a crise de ordem econômica, política e social que atravessa o Brasil, assim como o manejo que dela fazem os governos de plantão e os poderes econômicos, tanto nacionais como transnacionais, esta sendo tratada sobre a base de uma orientação econômica de índole Monetarista - Neoliberal que prevalece, o poder do dinheiro por cima do poder criador do trabalho e do homem, considerando o social um gasto não rentável

Que a classe trabalhadora está sendo arrastada até as mais precárias condições de vida e trabalho, traduzindo em uma situação de marginalização e de injustiça social extrema, com tendência a aglutinação, se continuar o empenho de seguir ampliando as políticas de fome e miséria que somente condicione à pobreza e marginalização a Maioria da população Brasileira.

Que a transferência de recursos financeiros para o exterior limita as possibilidades dos investimentos necessários para ampliar a capacidade produtiva, aumenta o déficit das rendas nacionais e reduz os gastos sociais.

Que a constante especulação acentua, fundamentalmente nos produtos de uso e consumo vital para os pobres: Alimentos, medicamentos, serviços médicos e hospitalares, tarifas dos serviços públicos, vestimentas e calçados, educação, habitação e recreação.

Que o FMI ao impor uma concepção econômica e política sustentada em um suposto desenvolvimento econômico com sacrifício social da população, nos condenava a não ter acesso ao emprego, a diminuição do ganho familiar, ao não melhoramento da educação, a deterioração da qualidade de vida.

Que os programas de ajuste expressados nos Pacotes", só contribuíram ao cumprimento das "obrigações" com a dívida externa, a concentração do capital e liquidação das pequenas e médias empresas, o desenvolvimento da especulação financeira, A DESNACIONALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO NACIONAL, o crescimento do desemprego, o aumento da pobreza e da marginalidade social dos moradores.

Que a aplicação das medidas econômicas inspiradas na Economia de Mercado Gera conflitos sociais demanda e reivindicações, cuja resposta Governamental é a repressão e a violação dos direitos humanos.

Que a crise generalizada em que vivemos no econômico, social e moral colocam em situação de instabilidade política a Democracia, negando a possibilidade real de desenvolvimento integral de nossa Nação

Que a esperança perdida, quanto ao resultado do "Bolo Nacional", (promessa da Ditadura aos trabalhadores, em relação ao crescimento econômico do País, enquanto reprimia em suas reivindicações), patrimônio desmontado pelos entreguistas de plantão, com sua privatizações criminosas. Acordamos:

Primeiro - Não aceitar o modelo econômico imposto pelo Neoliberalismo, desumano e anti- social e impulsionar uma economia baseada na ECONOMIA SOLIDÁRIA e no trabalho humano que satisfaça as necessidades sociais da alimentação, vestuário, saúde, educação, habitação recreação etc.

Segundo - Intensificar a luta para alcançar nas receitas nacionais, uma porcentagem maior para os GASTOS SOCIAIS, diminuindo aos gastos burocráticos e supérfluos dos governos
eliminar a CORRIPÇÃO que destroem grandiosos recursos do estado alem de significar um flagelo que desmoraliza a Sociedade e cria condições para delinqüir sem esperar castigo.

Terceiro - Apoiar a média e pequena indústria na concessão de recursos e respaldo para seu funcionamento, frente aos monopólios e ação da Multe Nacionais que invadem os mercados nacionais liquidando as possibilidades de empregos e desenvolvimento Nacional.

Quarto - Garantir a reorientação das políticas agrárias implantando a reforma Agrária, com apoio e proteção ao produtor agrícola, à pecuária e a pesca, cuja fundamental atividade é a produção de alimentos para o consumo nacional. Condenar o apoio Governamental às empresas agroindustrial que marginalizam os trabalhadores do campo e geram desemprego.

Quinto - A fim de contribuir para a solução do déficit das receitas Nacionais, os Governos devem implantar um imposto de 10% sobre os recursos em fuga de cada Pais, dedicados a especulação financeira através dos Bancos Internacionais.

Sexto - Implementar medidas contra a especulação, eliminação dos monopólios e oligopólios
estabelecer cesta básica ao alcance da população carente.

Sétimo - Defender o Patrimônio nacional e recusar as políticas de privatização que viabilizam a aquisição das empresas e bens do Estado pelas transnacionais, as quais são um avanço na ocupação econômica dos espaços estratégicos da Nação.

Oitavo - Defender ao trabalhador Nacional ou Imigrante. Denunciar ante a Comissão dos direitos Humanos da ONU, OCE, Organismos supra regionais, etc., os atropelos que são vitimas os Moradores, por parte do Governo e empresas, quanto à privação do direito de ir e vir como seres humanos, e desfrutar das riquezas geradas por esforços do trabalho humano e a exploração de nossos recursos naturais.

Nono - Defender o meio ambiente e o sistema ecológico a todos os agentes contaminantes e de destruição, personificados pelo sistema de produção baseada em aumentar os ganhos sem consideração à vida. Nós reivindicamos subscrever pactos com os Governos e empresas para a defesa da educação e desenvolvimento do meio ambiente.

Décimo - Intensificar as ações pela DEMOCRATIZAÇÃO DA DEMOCRACIA com uma verdadeira participação, já que os fatores do poder econômico e político cortam os direitos e dificultam o exercício da Democracia Real aos trabalhadores, condenando os Moradores a Marginalização Econômica, Social e política. Optamos por defender a Democracia Real como o melhor sistema de vida do ser humano e condenamos as ditaduras de qualquer signo, por liquidar as possibilidades de desenvolvimento da sociedade.

NOSSO CAMINHO: Quais as conquistas do Movimento Comunitário?

CBC e COBRAM: As conquistas são fruto das REIVINDICAÇÕES, desde as melhorias no local de sua moradia, Transportes, Saúde, Educação entre outras, alem da conquista dos Controles Sociais, em importantes seguimentos do Poder Público, todo isto, com décadas, de muita luta e até perseguições, apesar destas conquistas estamos longe de atingirmos o bem estar que nossas comunidades têm direito.

NOSSO CAMINHO: Quem faz parte do Movimento Comunitário?

CBC e COBRAM: Faz parte do Movimento Comunitário, todo aquele que esta insatisfeito com as condições de vida em seu local de moradia, proveniente do descaso e de políticas Públicas que não satisfaz a comunidade.

NOSSO CAMINHO: Quais os trabalhos realizados pelo Movimento Comunitário?

CBC e COBRAM: O movimento Comunitário trabalha, alem dos três pilares: Reivindicação, Organização Popular e Vida Comunitária, atende desde a Creche, a pré-escola, ensino fundamental, cursos profissionalizantes, formação em cidadania, lazer e até a primeira Olimpíada Comunitária, na área dos esportes, alem de campanhas diversas.

NOSSO CAMINHO: Por que um Movimento tão grande, não tem vida própria?

CBC e COBRAM: O Movimento Comunitário é muito antigo, mas no Brasil sobreviveu e desenvolveu se principalmente nos ANOS DE CHUMBO, sobre a fiscalização e o pior, por uma filosofia que"


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