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É hora de sair do inconformismo e agir


19/05/2009



Sindicato dos Condutores em Transportes Rodoviários de Cargas Próprias de São Paulo

Não há dúvidas de que nossa sociedade está doente, que nossas instituições são imperfeitas, quando não absolutamente ineficientes, mas perguntamos: Quantas pessoas se interessam pelos rumos da vida social? Quantas pessoas se dedicam um tempo mínimo que seja para acompanhar o que os parlamentares e lideranças políticas e sindicais fazem em nosso nome.

O movimento sindical, como parte integrante da sociedade civil organizada, padece dos mesmos problemas e sofre os efeitos do conjunto.

Sofremos a mesma sensação de impotência, da mesma apatia, e que nos dá a impressão de que nada valeria a pena.

Estes são os sentimentos que se refletem nessa fase de intensa angústia coletiva diante dos problemas da violência, do descrédito nos políticos e nas políticas, da corrupção e das inúmeras incertezas com relação ao futuro.

O funcionamento de uma democracia necessita de instituições fortes, com credibilidade e que representem interesses legítimos do ponto de vista da realização da cidadania.

Dessa forma a U.G.T (União Geral dos Trabalhadores) sai na frente, ao propor e realizar com todo brilhantismo um seminário que faz um balanço histórico dos 100 anos de sindicalismo no Brasil e apontando seus desafios futuros, demonstrando com essa iniciativa que a era das guerras sanguinolentas, da destruição dos ensinamentos passados como resposta emocional e irracional à necessidade de mudanças, já se foi.

É claro que pipocam em todas as instâncias da sociedade civil organizada sinais de decrepitude e de valores seculares esgotados.

Entretanto, apesar de tudo, é difícil imaginar que a humanidade tenha entrado em colapso, carregando junto todas as idéias e projetos de um mundo melhor.

Este seminário nos mostrou o que nos tem faltado e aponta um dos caminhos possíveis que é o da mobilização consciente, da saída da apatia e a ação positiva dentro do que for possível a cada um, sem que deixemos, passivamente, nosso destino entregue aos caprichos de determinadas vontades.

É preciso, portanto que o movimento sindical brasileiro, assuma plenamente as suas responsabilidades históricas na reversão do quadro atual, porque não se transforma o País com projetos de governo.

As mudanças profundas a que tanto todos almejamos, têm de ser fruto de um projeto de sociedade e com a ativa participação dos trabalhadores e das suas instâncias de representação, inspirando e liderando transformações que a sociedade efetivamente deseje e se mobilize para alcançar.

Luiz Nascimento - Secretário Geral - Cargas Próprias.


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