19/05/2009
A ampliação do seguro-desemprego deve ser para todos os trabalhadores demitidos em função da crise econômica e não apenas para um determinado segmento. É isso que a União Geral dos Trabalhadores - UGT, espera que o Ministro do Trabalho, Carlos Luppi, anuncie nessa quarta ou quinta-feira. A central sindical não admite outra hipótese, pois todos os trabalhadores devem ser tratados de maneira igual perante a Lei.
Ricardo Patah, presidente da UGT, lembra que a Constituição Federal garante a isonomia, assegurado tratamento igual a todos, por essa razão o Ministro Carlos Luppi, não pode pensar em beneficiar com mais duas parcelas do seguro-desemprego apenas ex-trabalhadores da indústria metalúrgica, mecânica, têxtil, química, automobilística e da borracha, como fez anteriormente. Isso, além de ferir os princípios constitucionais, é uma injustiça contra o trabalhador brasileiro, pois cria distorções na escolha dos setores beneficiados.
Patah reivindica a extensão do benefício para as demais categorias, lembrando que a crise afeta mais alguns setores, mas todos os trabalhadores demitidos devem ter direitos ao mesmo benefício.
O sindicalista lembra que desde setembro do ano passado mais de 700 mil trabalhadores perderam o emprego, com as empresas alegando dificuldades com a crise financeira, no entanto apenas 103 mil, segundo dados do Ministério do Trabalho, tiveram o direito a receber duas parcelas a mais do seguro-desemprego.
"Todos os trabalhadores demitidos são tão vítimas da crise quanto os das categorias apontadas pelo Ministro. Não é justo, portanto, que sejam discriminados pelo Governo", diz Patah, acrescentando que "caso aja nova discriminação aos trabalhadores demitidos, a UGT vai a Justiça contra o ato do ministro.
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UGT - União Geral dos Trabalhadores