18/05/2009
O embaixador da União Européia no Brasil, João José Soares Pacheco, afirmou que o bloco negocia com o Brasil um acordo que pretende uniformizar o tratamento dos europeus aos brasileiros que visitam o continente.
Segundo ele, o documento deverá ser firmado até outubro quando será realizada a Cúpula Brasil - União Européia.
Os técnicos europeus virão à Brasília para acertar os últimos detalhes do acordo.
Pacheco revelou que há uma agenda positiva sendo desenvolvida pela União Européia com o Brasil sobre imigração.
Nós temos uma política na Europa que é a de não fecharmos as portas à imigração. O que queremos evitar é essa grande miséria da imigração ilegal explorada por todo tipo de tráfico. Buscamos evitar a exploração da miséria humana e ao mesmo tempo, fortalecer a imigração legal", afirmou o diplomata.
No dia 16 de junho, o Brasil e a União Européia realizam em Brasília um seminário para discutir o tema.
Grupo Parlamentar
Foi lançado o Grupo Parlamentar Brasil - União Européia que vai contar com mais de 70 deputados e senadores brasileiros.
O presidente da Câmara, Michel Temer, explicou que um dos temas a ser tratado pelo grupo é justamente a imigração.
Para Temer, a iniciativa fortalece a "diplomacia parlamentar" e permite que o Congresso Nacional participe mais efetivamente das discussões acerca da agenda internacional brasileira.
Na avaliação de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, do Senado Federal, as questões relativas à imigração devem ser acompanhadas pelo legislativo.
Mercosul - União Européia
Azeredo destacou ainda que o Grupo Parlamentar Brasil - União Européia pode resgatar o acordo entre o Mercosul e a UE que está parado.
Segundo ele, "a pressão parlamentar pode fazer o acordo andar. Os países do Mercosul querem, mas a União Européia ainda resiste, e o Brasil errou ao não priorizar esse processo", afirmou.
Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), reconheceu que o Grupo Parlamentar "tem um caráter econômico-comercial fundamental".
Na sua opinião, "a crise exige o fortalecimento dos acordos comerciais. As negociações ficaram paralisadas, mas serão retomadas, pois se trata de um acordo muito importante do ponto de vista econômico e estratégico para os dois blocos".
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