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BNDES suspende financiamentos para Moderfrota e Inovagro


16/04/2019

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu desde 11 de abril os pedidos de financiamento do Moderfrota, linha de crédito para máquinas e equipamentos agrícolas, e do Inovagro, programa de financiamento para investimentos em inovação do agronegócio. Uma circular informando os bancos repassadores foi publicada no site do BNDES. Com juros subsidiados, as duas linhas desembolsaram R$ 7,1 bilhões ano passado.

 

Segundo a circular, os pedidos de empréstimo foram suspensos “em razão do comprometimento total dos recursos disponíveis para as citadas Linhas de apoio para o Ano Agrícola 2018/2019”. “O BNDES mantém discussões junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na avaliação de alternativas para remanejamento de recursos equalizáveis pelo Tesouro Nacional para os citados Programas, para o Ano Agrícola 2018/2019”, diz o texto.

 

O Moderfrota liberou R$ 6,604 bilhões em 2018, alta 3,7% ante 2017, sem descontar a inflação. Até 2014, a linha era pequena, com desembolsos na casa dos milhões. Em 2015, houve um salto, com R$ 4,221 bilhões liberados, em valores da época. Em 2016, o Moderfrota teve orçamento de R$ 4,04 bilhões e desembolsou R$ 5,573 bilhões.

 

Os juros são pré-fixados, de 7,5% ao ano (empresas com faturamento anual até R$ 90 milhões) ou de 9,5% ao ano (faturamento anual acima de R$ 90 milhões). Os empréstimos podem ser de até 90% do valor investido. O prazo é de sete anos, para equipamentos novos, e de quatro anos, para itens usados.

 

Já o Inovagro liberou R$ 533 milhões em 2018, com alta de 38,3% ante 2017. Os juros podem ser pré-fixados, em 6% ao ano, ou pós-fixados, composta por atualização monetária mais 0,33% ao ano. Nesses investimentos, o banco de fomento pode financiar 100% dos projetos. O prazo pode ser de até dez anos, com carência de três.

 

O presidente do BNDES, Joaquim Levy, já criticou os subsídios do crédito agrícola. Em evento promovido pelo banco BTG Pactual em São Paulo, no fim de fevereiro, Levy disse que “o desmame tem de acontecer”, em relação aos subsídios nos empréstimos para o agronegócio.

 

Fonte: Estadão


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