12/05/2009
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), terceira maior central sindical do País, vai analisar os últimos 100 anos do movimento sindical e, a partir daí, discutir o futuro do sindicalismo no Brasil.
Para atingir este objetivo, a central realiza Seminário Nacional a ser iniciado no próximo dia 15, nos auditórios da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), que vai sediar o evento. Queremos que o novo sindicalismo busque participar mais ativamente de pontos fundamentais que influem na vida do cidadão, como, por exemplo, na discussão dos orçamentos dos municípios, dos estados e da União, com poder de debate e de real participação", disse o presidente da UGT, Ricardo Patah.
O seminário, que terá dois dias de duração, terminando no dia 16 de maio, está sendo organizado há mais de seis meses pela Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da entidade, e traz também como novidade o retorno acadêmico à discussão de questões sindicais e da vida nacional, que envolvem o desenvolvimento dos trabalhadores. "Procuramos reunir o que há de melhor atualmente na intelectualidade brasileira, acadêmicos com vasta produção no estudo da história, da sociologia, da ciência política, do ambientalismo e da economia, numa coletânea politicamente plural, que ofereça um olhar profundo para dentro do próprio sindicalismo e para as relações dos sindicatos com os grandes temas da sociedade", explicou Chiquinho Pereira, secretário de Organização e Políticas Sindicais da central.
O seminário da UGT pretende se tornar um marco para o sindicalismo no País. Os líderes da central, formada por 546 sindicatos, representando cinco milhões de trabalhadores, entendem que para discutir o futuro é preciso passar a limpo os mais de 100 anos do sindicalismo no Brasil, realizar um verdadeiro raiox do que foi feito, com olhar plural e crítico, para que se consiga enxergar um amanhã melhor. O País entrou no século XXI e manifestações como o 1º de Maio se resumem a shows espalhados por aí, quando o momento deveria ser utilizado para uma reflexão do que a sociedade realmente necessita, dizem os dirigentes da UGT.
Para eles é básico que se faça um balanço histórico da experiência sindical do século XX e a partir daí se vislumbre novos horizontes de lutas e conquistas. Chiquinho Pereira entende que "se deve buscar coisas práticas, que atraiam o trabalhador para o sindicalismo, que os motive e os faça compreender que só assim conseguiremos, democraticamente, conquistar vitórias que efetivamente melhorem a vida dos cidadãos".
Ele vai adiante e afirma que "o sindicalismo, do jeito que está, coloca em risco seu próprio futuro, pois já não atende as necessidades da classe trabalhadora. É preciso que os trabalhadores tenham assento nas instâncias de poder, como o Conselho Monetário Nacional, e não fiquem esperando apenas por suas decisões. A participação dos trabalhadores deve ser direta. É preciso se ver que nos últimos anos a participação da renda do trabalhador no PIB nacional vem caindo. Isto não é justo. É preciso que o trabalhador e suas lideranças estejam preparados política e intelectualmente para o enfrentamento destas questões", disse Chiquinho Pereira.
Mas, para participar da elaboração do orçamento da República e acompanhar sua execução, e evitar escândalos como os que vêm ocorrendo atualmente, se deve criar um mecanismo que permita incluir os dirigentes sindicais. "Temos de ser ouvidos e até influir na 6realização do orçamento do País. Não se pode ficar sentado e ignorando que temos de dar atenção à educação, com cursos permanentes de atualização para os trabalhadores, um ensino melhor para seus filhos e também um atendimento mais eficiente e democrático para todos os brasileiros. Isto tudo tem de ser feito a partir de um orçamento compatível ao atendimento das reais necessidades do trabalhador", explicou Chiquinho Pereira.
Para mostrar que a UGT quer buscar uma nova face para o sindicalismo, seu presidente, Ricardo Patah e o secretário da entidade, Chiquinho Pereira, vão colocar em discussão no seminário temas como o movimento sindical e o desenvolvimento social e ambiental, além de elaborar uma agenda sindical de ações ambientais.
Outro ponto que a UGT levará à discussão no Seminário Nacional é a necessidade de se regulamentar itens da Constituição do País, elaborada em 1988 - há 21 anos, portanto - como as questões do piso salarial profissional, a regulamentação da negociação coletiva e a fixação da data-base para os servidores públicos.
Sobre a FAAP
Fundada em 1947, a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) se destaca pelo investimento constante em educação e cultura, bem como pelas atividades realizadas no Museu de Arte Brasileira e no Teatro FAAP. Sua estrutura é composta por sete faculdades (Artes Plásticas, Comunicação e Marketing, Engenharia, Computação e Informática, Direito, Administração e Economia), Processo Seletivo, Núcleo de Cultura e Idiomas, Centro de Estudos Estratégicos, Centro de Estudos Americanos, Coordenadoria de Tecnologia Aplicada à Educação, Colégio FAAP, Pós-Graduação e FAAP-MBA - além de dois campi no interior - São José dos Campos e Ribeirão Preto, e parcerias na realização de cursos e exposições em Brasília/DF.
Para a FAAP, sediar um evento como o Seminário Nacional sobre os 100 anos do Movimento Sindical no Brasil é uma maneira de contribuir para que a memória da democracia seja preservada e enaltecida, e possibilitar que desse encontro surjam novas perspectivas para os trabalhadores. Como pólo de excelência em educação, a Fundação acredita no resgate histórico das discussões que permeiam o patrimônio cultural do País.
TRANSMISSÃO AO VIVO:
O Seminário será transmitido ao vivo e na íntegra nos dias 15 e 16 de maio pela TV UGT na internet: www.ugt.org.br . Neste mesmo site você encontrará informações detalhadas sobre cada um dos 12 painéis, que compõem o evento.
SERVIÇO:
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