06/05/2009
O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), através do Conselho Nacional de Imigração, protestou formalmente contra as medidas anunciadas pelo governo japonês que financiam o retorno de trabalhadores brasileiros do Japão, mas exigem a contrapartida de que os decasséguis (brasileiros que migram para o Japão à procura de trabalho) não voltem ao país oriental. A medida, tomada na segunda-feira (27), foi bem recebida pela UGT (União Geral dos Trabalhadores). Estamos de pleno acordo com a posição do ministro Carlos Lupi", disse o secretário nacional Valdir Vicente de Barros, de Políticas Públicas, da UGT.
De acordo com informações do MTE, o Japão vem oferecendo US$ 3 mil para que os brasileiros desempregados retornem ao Brasil, com a condição de não regressarem ao país oriental. Isso fez com que o ministro Carlos Lupi protocolasse na Embaixada do Japão um ofício protestando contra a medida e pedindo a sua revogação. "A UGT, a exemplo do ministro Lupi, considera essa iniciativa injusta para com os trabalhadores brasileiros", cita Valdir Vicente, lembrando que em muitos casos, esses trabalhadores são de famílias de japoneses que foram recebidos "de braços abertos pelos brasileiros", esclarece.
Com vistas a tratar especificamente de questões relacionadas ao trabalho de brasileiros no Japão e a implantação da Casa do Trabalhador Brasileiro naquele país oriental, o MTE criou uma comissão bilateral Brasil/Japão. Outra decisão acolhida foi a de saque, no Japão, do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e a realização de uma parceria com a Caixa Econômica Federal para possibilitar o uso, no Japão, da linha gratuita de atendimento do banco. "Esperamos que, com essas iniciativas do governo brasileiro a questão seja solucionada de vez, porque o trabalhador brasileiro que exerce sua atividade no Exterior não pode ser discriminado", concluiu Valdir Vicente de Barros."
UGT - União Geral dos Trabalhadores