26/03/2019
Com a certeza de que a reforma da Previdência não salvará o país, como apregoa o governo federal, e que, pelo contrário, trará graves prejuízos aos trabalhadores, centenas de pessoas participaram, na sexta-feira, 22, na Candelária, do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência e em defesa da aposentadoria.
Com discursos inflamados, sindicalistas das principais centrais sindicais do Rio de Janeiro, entre elas a União Geral dos Trabalhadores (UGT-RJ), e representantes de entidades dos movimentos sociais organizados foram unânimes ao afirmar que somente com a união de forças será possível frear a política do governo federal de desmonte dos direitos trabalhistas.
A manutenção de privilégios da classe política, o lucros dos banqueiros, os prejuízos à aposentadoria das mulheres e a Medida Provisória (MP) 873, que altera artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e do Regime Jurídico Único, foram questões duramente criticadas.
“Antes de falar sobre reforma, é preciso acabar com os privilégios dos políticos. Aí, sim, nós podemos sentar para conversar. O Movimento Sindical não vai acabar, pois somos um movimento de resistência´, afirmou Claudio Rocha, diretor da UGT-RJ, completando: “Abaixo a reforma da Previdência!”
O ugetista Josimar Campos de Souza (Mazinho) também participou dos protestos. Presidente do Sindicato da Construção de Duque de Caxias, ele falou sobre a manifestação realizada na manhã de sexta-feira, em frente à Refinaria de Duque de Caxias. “Este governo quer atacar nossos direitos”, criticou.
Os manifestantes alertaram para a possibilidade de greve geral caso a proposta de reforma previdenciária seja aprovada pelo Congresso. O ato, iniciado na Candelária, seguiu em direção à Central do Brasil.
UGT - União Geral dos Trabalhadores