14/03/2019
A queda de 0,8% na produção da indústria nacional em janeiro frente a dezembro do ano passado se refletiu em seis dos 15 locais pesquisados. A indústria paulista, que representa cerca de 34% da produção nacional, caiu 1,8%, abaixo da média do país. Os dados são da Pesquisa Industrial Regional, divulgada hoje pelo IBGE.
Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o resultado de São Paulo foi influenciado pelo baixo desempenho da indústria farmacêutica. “Neste ano, as férias coletivas na indústria farmacêutica, que constitui um polo industrial importante no estado, ocorreram em janeiro, acarretando uma menor produção”, explica.
Entre os demais locais com resultados negativos, Mato Grosso, com queda de 5,4% sofreu o maior recuo, pressionado principalmente pela indústria alimentícia. Também foram registradas quedas de 2,6% no Espírito Santo, 2,2% na Bahia, 1,3% no Rio de Janeiro, e 0,4% no Ceará.
Já dos locais com resultados positivos, o Amazonas registrou o maior ganho, 5,2%, influenciado pelo setor de bebidas. Também apresentaram crescimento Pernambuco, com 3%, Rio Grande do Sul, 2,6%, Goiás, 2,6%, Pará, 1,7%, Nordeste 1%, Santa Catarina, 0,8%, Minas Gerais, 0,7%, e Paraná, 0,7%.
Amazonas tem maior queda na comparação com janeiro de 2018
A pesquisa também comparou os resultados de janeiro de 2019 com janeiro de 2018. Nessa análise, houve quedas em dez locais, acompanhando o recuo de 2,6% na indústria nacional.
Embora tenha registrado o maior crescimento no resultado mensal, a indústria do Amazonas obteve o pior desempenho frente a janeiro do ano passado, com queda de 10,5%. Já o Paraná apresentou a maior expansão, com crescimento de 8,1%.
“Nesse confronto, o Amazonas teve quedas em setores importantes como o de preparação de xaropes e o de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. O Paraná, por sua vez, foi beneficiado por crescimentos dos setores automobilístico e do de derivados de petróleo, principalmente de produtos como óleo diesel, gasolina automotiva e querosene de aviação”, diz o pesquisador.
Fonte: IBGE
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