12/03/2019
Investigações concluíram que Ronnie Lessa seria o autor dos disparos e Elcio Queiroz teria conduzido o veículo utilizado para a execução das vítimas
O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Polícia Civil, prenderam nesta terça-feira (12), Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz, denunciados pelos assassinatos qualificados de Marielle Franco e Anderson Gomes e tentativa de homicídio de Fernanda Chaves.
As prisões ocorreram às 4h desta madrugada na Operação Lume, feita nas residências dos denunciados.
De acordo com a denúncia, as investigações concluíram, por meio de diversas provas, que Lessa foi o autor dos crimes, tendo efetuado os disparos de arma de fogo, com a participação de Elcio, que foi o condutor do Cobalt utilizado para a execução. Ronnie Lessa é policial militar reformado. Elcio foi policial militar, mas acabou expulso da corporação.
Para os promotores do Gaeco, a ação foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado. Além das prisões, a operação cumpre mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos.
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Junto aos pedidos de prisão e de busca e apreensão, o Gaeco pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa. Também foi requerida a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson, até completar 24 anos de idade.
A Operação Lume foi batizada em referência a uma praça no Centro do Rio, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista.
No local, ela também costumava se reunir com outros defensores dos Direitos Humanos e integrantes do PSOL.
Além de significar qualquer tipo de luz ou claridade, a palavra lume compõe a expressão ‘trazer a lume’, que significa trazer ao conhecimento público, vir à luz.
“É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”, diz a denúncia, acrescentando que a barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe ao Estado Democrático de Direito.
Fonte: Portal R7
UGT - União Geral dos Trabalhadores