21/02/2019
Eu estava doente, sem receber e sem rumo, procurei o sindicato, fui acolhida e a entidade me defendeu”, relatou a comerciária Giovana Aparecida Cereda.
Giovana compareceu, na manhã desta quarta-feira (20), na sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entidade filiada a UGT, para receber a sua indenização por danos morais. “Trabalhei sete anos como caixa no Extra Supermercados. Lá não tinha esteira, eu vivia carregando peso e inflamou tudo. Hoje tenho cinco hérnias de disco, bursite, entre outras complicações”, disse Aparecida.
A comerciária relatou que para buscar os seus direitos, encontrou apoio somente no sindicato. “Como caixa, eu recebia um salário mínimo, foi quando minha doença foi diagnosticada e eu havia sido demitida. O INSS não me afastava, sem dinheiro e sem saber o que fazer compareci ao Sindicato e fui muito bem recebida pelos advogados que passaram a me defender”.
O INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma o órgão do Governo que coordena o Regime Geral da previdência social, o problema é que mesmo com todos os laudos apontando a doença ocupacional, os médicos peritos negavam o auxílio para a trabalhadora.
“Fui atendida pelos advogados e pelo médico do trabalho do Sindicato. Pegaram meus exames, fizeram laudos, pediram CAT e entramos com processo contra o INSS, até que passei por perícia judicial”, recorda a comerciária.
O Sindicato
“Precisei procurar o sindicato em duas ocasiões. Na primeira, em 2014, eu já estava doente, o INSS só negava o meu caso e no retorno de um atestado, o supermercado me demitiu. Nesse período o sindicato entrou com ação contra o INSS, passei por uma perícia judicial que reconheceu o meu problema como acidente de trabalho e me afastou, ao mesmo tempo o sindicato atuou junto ao Ministério do Trabalho, que exigiu a reintegração”, lembra a comerciária.
Mesmo com a atuação do Sindicato e com a orientação médica orientava o estabelecimento trocar a funcionária de função para algo compatível com o que ela exercia, o supermercado nunca acatou.
A segunda vez, que Giovana precisou procurar o sindicato, foi em 2018, quando novamente foi demitida e o sindicato ganhou ação judicial por danos morais. “Agora fui demitida novamente e poderia ser reintegrada, mas eu fui muito humilhada nessa empresa, a ponto de dizerem que eu estava lá somente porque era um poço de doenças, por isso não quero mais”.
“Eu vejo o sindicato como algo fantástico, porque quando eu fui injustiçada no INSS e a empresa me demitiu, aqui fui acolhida. Hoje estou em tratamento, com as minhas patologias reconhecidas como acidente de trabalho e isso graças a ação do Sindicato”, conclui Giovana Aparecida.
UGT - União Geral dos Trabalhadores