11/12/2018
Esqueça todas as características que você associa a pessoas idosas. Esqueça, inclusive, a palavra 'idoso'. Segundo uma pesquisa nacional sobre o perfil da população com mais de 60 anos de idade, o envelhecimento foi ressignificado. Nesse grupo, 73,2% sentem que são mais jovens do que a idade real. Porém, há quem encare a fase com dificuldade, além dos estereótipos e preconceitos sociais.
Um dos fatores para essa percepção mais positiva de si seria a própria longevidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro em 2017 era de 76 anos, sendo 72,5 para os homens e 79,6 para as mulheres. Entre 1940 e 2016, houve um aumento de mais de 30 anos na longevidade do brasileiro.
"Uma vez que você chega aos 60 anos e consegue manter suas atividades, você passa a renovar a ideia de envelhecimento. E isso só é possível porque eles não estão só chegando aos 60, 80 anos, mas estão chegando com mais qualidade de vida também", diz Luciana Mutti de Morais, coordenadora da pesquisa O Brasil 60+, realizada pela Vitamina Pesquisa, SeniorLab e Anging2.0.
Os resultados, aos quais o E+ teve acesso exclusivo antecipadamente, serão divulgados nesta terça-feira,11, na Unibes Cultural. A pesquisa entrevistou duas mil pessoas, de 60 a 75 anos de idade, pertencentes a todas as classes sociais e residentes em dez capitais brasileiras das cinco regiões do País. A maioria da amostra era do gênero feminino (51,7% ante 47,3% do masculino).
Para o geriatra João Senger, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Rio Grande do Sul, o segredo da longevidade é resultado de uma melhor educação em saúde. "As pessoas estão mais preocupadas em melhorar a alimentação, com a questão da obesidade", aponta. Luciana afirma que a longevidade maior das mulheres deve-se ao fato de elas se preocuparem mais com a saúde (exames preventivos são mais solicitados a elas).
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores