30/03/2009
O combate ao trabalho infantil é uma necessidade, porque o adolescente que trabalha desenvolve doença mais cedo e de modo geral, sai da escola por causa do cansaço e da desmotivação. A explicação é da auditora do Ministério do Trabalho, Gabriela Bragança de Sampaio, que esta semana participou da capacitação sobre o Programa de Atenção Integral a Saúde do Adolescente oferecido aos profissionais da rede pela Secretaria de Saúde de Cuiabá".
De acordo com a técnica, geralmente a criança acaba saindo da escola para trabalhar. "E ao sair da escola fica vulnerável a violência também", acrescenta Gabriela Bragança. Conforme disse Gabriela, é uma cadeia de pobreza que afeta a saúde dos adolescentes e que precisa ser quebrada, assim como tem que haver a quebra do paradigma de que o adolescente precisa trabalhar. Isso só compromete sua saúde. Precisa sim, brincar e estudar.
Ela vai além ao ressaltar que são muitos os prejuízos para a sociedade e para o Estado manter crianças e adolescentes trabalhando. "Diversos problemas de saúde vão se manifestar quando este adolescente que trabalha crescer".
"Problemas do sistema nervoso, medos, fobias, insegurança porque foi jogado para um desafio para o qual não tinha preparo", cita a auditora. Problemas do sistema cardiovascular também podem aparecer, já que a criança força o músculo cardíaco carregando peso sem estrutura para isso.
Por outro lado, na maturidade existe maior probabilidade de desenvolver problemas de coração e respiratório. Os acidentes de trabalho são comuns, já que as máquinas são projetadas para adultos e não para crianças. Além do comprometimento psíquico, o adolescente não teve tempo para ser criança.
Para implementar o Programa Adolescer nas 40 unidades de saúde da rede básica e secundária, a Secretaria de Saúde de Cuiabá capacitou as equipes multi-profissionais durante a semana. No último dia, a pauta foi à exploração do trabalho infantil e as suas consequências para a vida e saúde da criança e do adolescente.
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UGT - União Geral dos Trabalhadores