24/09/2018
O grupo francês Casino confirmou neste domingo, 23, em comunicado divulgado por sua matriz, que foi procurado pelo rival – igualmente francês – Carrefour para a celebração de uma fusão global entre as gigantes. No mesmo comunicado, o Casino – dono do Grupo Pão de Açúcar no Brasil – afirmou não ter interesse no negócio, após realizar uma reunião do conselho de administração neste domingo.
O grupo francês Casino confirmou neste domingo, 23, em comunicado divulgado por sua matriz, que foi procurado pelo rival – igualmente francês – Carrefour para a celebração de uma fusão global entre as gigantes. No mesmo comunicado, o Casino – dono do Grupo Pão de Açúcar no Brasil – afirmou não ter interesse no negócio, após realizar uma reunião do conselho de administração neste domingo.
O movimento do Carrefour vem sendo alvo de comentários do mercado desde o início deste ano. Na semana passada, voltaram a ficar fortes os rumores de que uma proposta de união seria colocada na mesa – como realmente agora ficou claro que ocorreu. O movimento veio em meio a um ataque especulativo do mercado financeiro contra o Casino nos últimos meses.
“O conselho reiterou de forma unânime sua inteira confiança na estratégia do Casino para a criação de valor (para a companhia) baseada em seu posicionamento único no mercado”, frisou o comunicado. “O Casino, desta forma, tem a intenção de tomar todas as medidas necessárias para defender seu interesse corporativo.”
De acordo com o Casino, o conselho de administração levou em consideração, na hora de deliberar sobre a proposta do Carrefour, as barreiras para a consolidação dos negócios na França e no Brasil – as duas empresas disputam a liderança de mercado em ambos. Essa realidade, segundo o grupo francês, pesou para a decisão de rejeitar a proposta.
No comunicado, o Casino observou ainda que seus ativos internacionais estão sendo alvo de um ataque para reduzir o valor de mercado da empresa. Segundo a empresa, as manipulações ocorreram “em uma escala sem precedentes ao longo dos últimos meses”.
As apostas contra o Carrefour, de acordo com uma reportagem da Bloomberg publicada há cerca de dez dias, são reforçadas pelas desconfianças em relação ao nível de endividamento da companhia. O fato de várias moedas estrangeiras – incluindo o real – estarem perdendo valor frente ao dólar também não ajuda a companhia, que arrecada cerca de 40% de suas receitas fora da França.
Procurado, o Carrefour não quis comentar o assunto.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores