25/07/2018
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou R$ 27,8 bilhões em termos nominais (sem descontar a inflação) no primeiro semestre do ano, uma queda de 17% em relação a igual período de 2017.
Em valores atualizados pela inflação, o banco de fomento liberou R$ 28,143 bilhões nos seis primeiros meses do ano, queda real de 1,7%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 14, pela instituição de fomento
No segundo trimestre, o valor liberado para empréstimos já aprovados ficou em R$ 16,760 bilhões em termos reais, uma queda de 12,9% ante igual período de 2017.
As consultas por novos empréstimos, primeiro passo do processo de pedido de crédito ao BNDES, somaram R$ 49,7 bilhões no primeiro semestre, alta nominal de 4% ante 2017. Quando considerada a inflação, o avanço foi de apenas 0,5%.
Já as aprovações de novos empréstimos somaram R$ 30,3 bilhões em termos nominais, uma queda nominal de 10% em relação ao primeiro semestre de 2017. Levando em conta a inflação, a queda se aprofunda para 12,8%.
Infraestrutura recebeu R$ 11 bi
Os empréstimos corporativos, para a indústria e o setor de comércio e serviços, seguem perdendo espaço no BNDES. No primeiro semestre, a indústria ficou com R$ 5,1 bilhões, ou 18,4% do total liberado pelo banco de fomento, uma queda nominal de 27% em relação a igual período de 2017. Já o setor de comércio e serviços desembolsou R$ 5,9 bilhões, queda nominal de 21% ante o primeiro semestre do ano passado.
Os projetos de infraestrutura receberam R$ 11 bilhões, queda nominal de 9% na comparação com 2017. Esses empréstimos responderam por 39,7% do total liberado pelo BNDES no primeiro semestre. Já os empréstimos para agropecuária ficaram com R$ 5,8 bilhões no primeiro semestre, recuo de 16% em relação aos seis primeiros meses do ano passado.
Em nota, o BNDES ressaltou o ganho de participação das médias, pequenas e microempresas (MPMEs) no total de desembolsos do banco. No primeiro semestre de 2017, empresas desse porte responderam por 39,7% do total liberado. No primeiro semestre deste ano, a fatia subiu para 48,6%, com R$ 13,5 bilhões, avanço de apenas 1%, em termos nominais, em relação aos seis primeiros meses de 2017.
Esse movimento foi marcado por uma queda de 53% nos desembolsos para microempresas (firmas com faturamento de até R$ 360 mil ao ano) e uma alta de 57% nas liberações para as médias empresas (com faturamento entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões ao ano). O Cartão BNDES, um dos principais produtos para microempresas, liberou R$ 941 milhões no primeiro semestre, queda nominal de 33% ante 2017.
Já o BNDES Finame, linha automática para o financiamento de investimentos em máquinas e equipamentos, liberou R$ 7,9 bilhões, queda nominal de 9% em relação ao primeiro semestre de 2017.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores