25/07/2018
As três centrais sindicais elaboraram uma agenda comum que prevê, entre outras ações, a solicitação de reuniões com representantes de órgãos e instituições que têm algum tipo de relação com o mundo do trabalho.
Entre os quais, o Ministério Público do Trabalho (MPT/MG), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Em nível nacional, irão pleitear audiências com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia; e com a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge.
Os detalhes foram acertados durante reunião nesta quinta-feira, 19/07, entre os presidentes da UGT-MG, Paulo Roberto da Silva; da Força Sindical Minas, Vandeir Messias; e da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST/MG), Geraldo Gonçalves.
Preocupados com o cenário sombrio que paira sobre os trabalhadores, os três dirigentes consideram ser necessárias ações efetivas por parte das entidades sindicais para evitar que mais perdas sejam impostas à já tão sofrida classe trabalhadora. E Minas Gerais, por meio das três centrais, quer dar o exemplo.
Para isso, abrirão frentes de diálogo com os diferentes atores sociais que, de uma forma ou de outra, podem ajudar a reverter o cenário atual. Sem qualquer viés político ou coloração partidária, o movimento iniciado pelas centrais visa, única e exclusivamente, defender e resguardar os trabalhadores.
Em nível nacional, as preocupações são inúmeras, como o desemprego crescente, a informalidade em alta, a queda contínua da renda salarial e as consequências da reforma trabalhista que já atingem diferentes categorias. A pejotização, a terceirização sem controle, o trabalho insalubre para gestantes e o sucateamento da Justiça do Trabalho são apenas alguns exemplos.
Em Minas Gerais, a situação não é menos grave. O atraso no pagamento dos salários do funcionalismo público e a completa ausência de diálogo com os servidores é apenas uma peça desse imenso quebra cabeça.
O Estado enfrenta um caos financeiro como nunca se viu, com falta de investimentos em políticas estruturais e alta carga tributária que afugenta a atração de novas empresas, contribuindo para o aumento do desemprego. Com a economia definhando, muitos serviços básicos prestados ao cidadão estão comprometidos. A tendência, apontam especialistas, é piorar ainda mais daqui pra frente.
“No confuso Brasil da atualidade, o movimento sindical precisa retomar seu protagonismo e as centrais sindicais podem exercer um papel importante, zelando pelos interesses e preocupações reais dos trabalhadores”, afirmam, de forma unitária, os dirigentes sindicais Paulo Roberto da Silva, Vandeir Messias e Geraldo Gonçalves.
UGT - União Geral dos Trabalhadores