19/07/2018
As mensalidades de cursos presenciais de graduação tiveram reajuste médio de 2,4% neste ano, segundo o Semesp (sindicato das mantenedoras).
“Ficou abaixo da inflação. É reflexo da economia em marcha lenta e do alto desemprego. Há ainda a redução do Fies e a competição por preços”, diz Rodrigo Capelato, diretor-executivo da entidade.
A opção das instituições para manter rentabilidade tem sido a de cortar custos, diz. “Temos visto a redução de disciplinas eletivas e algumas faculdades fazem junções de turmas.”
A reforma trabalhista, contudo, não tem sido aplicada ainda, afirma. “A médio prazo pode haver mudança no modelo de contratação, mas hoje ainda existe insegurança jurídica.”
“O setor foi prejudicado pela redução de vagas do Fies. O governo liberou a inscrição no programa só em março. Na Estácio, esperávamos 8.000 alunos via financiamento e houve 1.200”, diz o presidente da companhia, Pedro Thompson.
A queda de matrículas presenciais tem sido parcialmente compensada pela ampliação da oferta de EAD (a distância).
Na empresa, a alta de estudantes do EAD foi de 17% no primeiro trimestre, ante queda de 6,7% no de presenciais.
“Mantivemos nossa base de alunos em 550 mil e expandimos os modelos a distância e semipresencial. Podemos criar 350 pontos ao ano e queremos fazê-lo. Nessa modalidade, temos 75% de margem”, diz.
A empresa, que demitiu 1.200 professores em dezembro, vai manter seu quadro docente estável. “Abriremos medicina em quatro campi e odontologia em mais seis. Nosso desafio é otimizar custos nesses cursos mais complexos.”
Fonte: Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores