12/03/2009
A União Geral dos Trabalhadores - UGT condena a decisão do Copom em reduzir a taxa de juro em apenas 1,5%. Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, essa decisão reflete a insensibilidade do Banco Central diante da crise econômica mundial e é uma medida que vai na contramão da lógica no momento pelo qual a economia atravessa, principalmente diante do tombo do Produto Interno Bruto (PIB), de 3,6% no 4º trimestre e do desastre na produção industrial, que apresentou queda de 17,2% em janeiro, em comparação ao mesmo mês do ano passado.
O presidente da UGT diz que a crise é grave e não se pode brincar com a economia do País e com os empregos de milhares de trabalhadores. Mais uma vez o Banco Central dá demonstração de que esta a serviço dos banqueiros e contra os trabalhadores e o Brasil". Para Ricardo Patah faltou aos economistas de plantão no BC uma visão macro do mercado, pois diante da atual situação é necessário mais crédito para financiar o nível de consumo, mantendo a taxa de emprego num patamar que garanta a estabilidade econômica. "A taxa Selic deveria ter uma redução de no mínimo 2%. A decisão do BC só contribui para a inibição do crédito e o desemprego", assegura o sindicalista.
O presidente da UGT diz que a desaceleração na demanda pela falta de crédito tem o BC como co-responsável e a demora de mais 45 dias para a próxima reunião do Copom poderemos ter surpresas desagradáveis para os trabalhadores."
UGT - União Geral dos Trabalhadores