04/07/2018
A Suprema Corte dos EUA proibiu ontem contratos que contenham cláusulas exigindo que funcionários públicos paguem contribuições sindicais. Isso será um duro golpe no que resta do movimento sindical americano.
A votação, por 5 votos a 4, correspondente à cisão da corte entre republicanos e democratas, anulou o precedente de 1977 que fomentou o crescimento da sindicalização no setor público, enquanto caía no setor privado. Mais de um terço dos funcionários públicos são sindicalizados nos EUA, contra só 6,5% dos trabalhadores no setor privado, segundo dados oficiais.
O impacto da decisão deverá repercutir bem além do local de trabalho, minando recursos de sindicatos como a Federação Americana dos Servidores de Estados, Condados e Municípios (Afscme, em inglês) e da Associação Nacional de Educação, que são fontes de recursos e de ativistas para o Partido Democrata. No ciclo eleitoral de 2016, os sindicatos do setor público gastaram US$ 64,6 milhões em atividades políticas, sendo 90% destinado aos democratas, segundo o Center for Responsive Politics. Os maiores contribuintes foram os dois maiores sindicatos de professores do país e a Afscme.
UGT - União Geral dos Trabalhadores