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O dia de ontem foi atípico em diversos pontos da cidade, principalmente na Praia do Futuro. Enquanto a União Geral dos Trabalhadores (UGT) liderava uma carreata e distribuía mil botões de rosas, a Praia do Futuro recebia inúmeras pessoas de diferentes movimentos sociais para celebrar o Dia Internacional da Mulher e reivindicar direitos.

A carreata da UGT contou com 28 carros e cerca de 100 pessoas. Saiu da José Bastos na altura do Incra (Instituto Nacional da Reforma Agrária), passou pela Feira de Parangaba, Beira Mar, Praia do Futuro e foi encerrada em Caucaia. Já a Praça 31 de Março abrigou diversas entidades de defesa dos direitos da mulher, homossexuais, meio ambiente, crianças e adolescentes e sindicalistas e de partidos políticos para uma passeata. O intuito das entidades era chamar a atenção para todas as questões que dizem respeito à mulher na sociedade.

Várias dessas convocam a participação efetiva contra o atual cenário de crise. O tema das ações deste ano do Fórum Cearense de Mulheres, representante no Estado da Articulação de Mulheres do Brasil foi Contra a globalização capitalista, uma revolução feminina e justa". Segundo a assistente social e representante do movimento Francisca Sena, "feminismo e socialismo são alternativas para a sociedade".

A violência contra a mulher, a mais antiga luta dos movimentos feministas, é segundo Sena causada por um modelo atrasado e machista da sociedade. Para ela, há quase um terrorismo institucionalizado e socialmente aceito contrário a ampliação da participação feminina em diversos setores. "Apontamos um acirramento de forças e reação muito forte de setores conservadores. Temos que romper as relações de poder. Muitas vezes a violência se dá porque as mulheres querem participar da sociedade além dos modelos estabelecidos"."