20/06/2018
Os dois grupos que devem se enfrentar nas eleições da CNC (Confederação Nacional do Comércio) trocam acusações.
Depois de 36 anos de liderança de Antonio Santos, a entidade, cuja receita prevista para este ano é de R$ 12 bilhões, terá no dia 27 de setembro uma eleição disputada por mais de uma chapa.
O grupo de oposição definiu que será representado por Adelmir Santana, da Fecomércio-DF. Já é o segundo nome que a corrente testa, depois da tentativa com o deputado federal Laércio Oliveira (PP-SE), do Sergipe.
“Eu havia sido escolhido em janeiro e fiz enfrentamentos na diretoria sozinho. Isso me trouxe desgaste na CNC, e o grupo achou que, se trocássemos o nome, talvez nós nos fortalecêssemos”, diz Oliveira.
A corrente tem cerca de 5 dos 28 votos, afirma o candidato Adelmir Santana.
“Estou na luta para explicar que não se pode continuar com essa forma de gerir as coisas”, afirma. O oposicionista diz que o nome da situação, José Roberto Tadros, tem uma “mácula”: uma multa do TCU por nepotismo.
Quando Tadros era do conselho do Sebrae-AM, seu filho tinha cargo na entidade. Ele diz que vai recorrer e que o tribunal não entende o funcionamento do Sebrae.
Tadros diz que seu concorrente também elegeu o presidente atual: “O Adelmir está na entidade há 20 anos. Se esse grupo está à frente da CNC por 36 anos, foi com o voto dele”.
Ele não nega a sintonia com o incumbente, mas diz ser independente. “Tenho carreira sindical e sou formado em direito, não sou vassalo de ninguém.”
O mercado livre de energia (em que clientes escolhem de quem contratar) se tornou menos vantajoso para novos clientes em 2018, sobretudo em São Paulo, segundo a comercializadora FDR.
O estado caiu cinco posições, desde janeiro, no ranking da companhia que mede quão viável seria migrar.
O reajuste tarifário das distribuidoras paulistas está menor que no resto do país e o preço a curto prazo, usado como referência, está acima da média histórica, diz o diretor-executivo, Erick Azevedo.
Uma migração mais forte rumo ao ambiente livre só deverá ocorrer em 2020, após o próximo ciclo de chuvas, diz Paulo Toledo, da Ecom.
“Temos aconselhado algumas empresas a não migrar este ano, apenas para prepararem toda a operação para quando os preços caírem.”
Fonte: Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores