Notícias

CANINDÉ PEGADO, Secretário Geral da UGT, representante dos Trabalhadores no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT vai exigir que os Bancos que utilizaram linhas de recursos do FAT e emprestaram dinheiro à EMBRAER quitem antecipadamente os empréstimos feitos, uma vez que os financiamentos à empresa estavam vinculados à geração de emprego.

A EMBRAER descumpriu o acordo e oficializou nesta 5ª feira, a demissão de mais de 4 mil trabalhadores. Por isso é justo que o dinheiro do FAT financie a geração de emprego e renda e não o desemprego como a EMBRAER está fazendo", disse o Conselheiro.

PEGADO solicitou à secretaria executiva do CODEFAT, um levantamento de todos os valores que a EMBRAER se beneficiou com os recursos do FAT junto aos agentes financeiros, para formalizar no início da semana o pedido para que a EMBRAER devolva imediatamente o dinheiro do FAT. "O dinheiro é do trabalhador e será devolvido, nem que tenhamos que ir à justiça", informa Canindé Pegado.

RICARDO PATAH, Presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores - UGT, presente às discussões sobre o assunto, disse que em reunião realizada com a executiva nacional da UGT, ficou aprovado o apoio à proposta do Conselheiro representante dos trabalhadores.

Quarenta por cento dos recursos do FAT, além de outras linhas especiais aprovadas pelo CODEFAT são destinadas ao financiamento de programas de desenvolvimento econômico. "As empresas que se beneficiam desses recursos tem que gerar emprego como contrapartida, embora muita delas não crie um só posto de trabalho. Elas deveriam aproveitar a crise e fazer a sua lição de casa antes de desempregar. Nós seriamos irresponsáveis deixar que a empresa desempregue e ainda fiquem com os recursos do FAT em caixa", disse Patah.

Outro conselheiro, Roberto Nolasco, que também é representante na bancada dos trabalhadores no CODEFAT se coloca de acordo com a iniciativa, dizendo que " o FAT é o Fundo e Amparo ao Trabalhador e não o Fundo de Amparo ao Desemprego". "