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REGRA PARA FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO É RECEBIDA COM RESSALVAS PELAS CENTRAIS


20/02/2009

REGRA PARA FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO É RECEBIDA COM RESSALVAS

Os secretários da UGT Aldo Liberato (primeiro à esquerda) e Canindé Pegado (primeiro à direita), o presidente Ricardo Patah (de camisa listrada e óculos) e membros da Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais.

A proposta do deputado Pepe Vargas de instituir o fator 85/95, pelo qual o cálculo da aposentadoria baseia-se na soma do tempo de contribuição do trabalhador com a idade - para homens, deve resultar em 95 e, no caso dos homens, em 85 anos - foi recebida com ressalvas pelas centrais sindicais.

A proposta mantém o tempo mínimo de contribuição, ocasionando a redução ou aposentadoria proporcional para quem pedir o benefício antes de atingir o fator 85/95", afirma o secretário nacional do Servidor Público da UGT, Aldo Liberato.

Apesar de rejeitarem a proposta do deputado, as centrais não chegaram ainda a um consenso entre si. Algumas aceitam o pagamento de 80% do benefício para quem completar o tempo mínimo de contribuição (35 anos para homens e 30 para mulheres), independentemente de se atingir o fator 85/95. Outras querem a extinção do redutor mesmo para aqueles que se aposentarem mais cedo.

Modelo falido

Liberato, que tem acompanhado as discussões, acredita na viabilidade de um novo modelo de Previdência Social, que beneficie o trabalhador e não seja deficitário para o Governo. "As centrais precisam definir uma proposta, para que não haja mudança no parâmetro de expectativa de vida para o cálculo da aposentadoria. A idéia é fazer com que o trabalhador possa se aposentar com 100% de seu valor, ou até mais, caso continue a trabalhar e a contribuir por mais alguns anos", sinaliza o sindicalista.

Como concluiu Pepe Vargas, nem mesmo as perdas causadas pelo fator previdenciário têm sido suficientes para postergar as aposentadorias, o que faz com que a Previdência Social tenha que custear benefícios precocemente. "Vê-se assim que não está bom para ninguém", diz o secretário da UGT. "Como a expectativa de vida tende a aumentar, o trabalhador precisará de cada vez mais tempo de contribuição para ter direito a sua integralidade". "


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