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O governador do Estado de São Paulo, Marcio França, participou da abertura do Seminário 1º de Maio 2018, organizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e que esta acontecendo no hotel braston, em São Paulo, entre os dias 26 e 27 de abril.

Sobre o tema do evento, “4ª Revolução Industrial – Os impactos no mundo do trabalho e a construção de uma nova sociedade firmada nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável”, Márcio França foi enfático ao afirmar que este é um dos principais desafios da sociedade moderna, pois a tecnologia é inevitável. “Fui esses dias a uma montadora, em Taubaté, para inaugurar uma nova linha de motores e tinha tanto robô lá que quase não tinha funcionário.”

Segundo o governador, diante desse cenário, é fundamental o fortalecimento das instituições democráticas, para que o País tenha empregos de qualidade e melhor distribuição de renda. “Estão tentando desmoralizar o servidor público, passando a sensação de que, no serviço público, ninguém quer nada com nada. Com isso, você vai diminuindo o tamanho do Estado, fazendo com que fique cada vez mais fraco. E a desigualdade não vai acabar se tivermos um Estado fraco, trabalhadores fracos e sindicatos fracos.”

Para Márcio França, esse processo de enfraquecimento do Estado é semelhante ao que fizeram com o movimento sindical, em que foi retirada parte da força e da história de luta dos trabalhadores. “Estou aqui para falar que espero que o governo de São Paulo ajude a recolocar as coisas em seu lugar.”

França disse, ainda, que “estamos vivendo momentos difíceis, de uma crise severa, que vem mostrando sinais de melhora, mas não adianta crescer diante das injustiças sociais. Só no Brasil, cinco pessoas têm o patrimônio equivalente a 100 milhões de pessoas”.

O governador terminou sua participação dizendo que “lamentavelmente, quanto mais forte o capital está, mais força ele quer. Quanto mais dinheiro tem, mais quer. E agora, não satisfeito com o dinheiro, o capital quer o poder e, quando a burguesia conseguir ocupar esse espaço, o povo ficará sem poder e sem dinheiro”.