26/04/2018
As redes regionais de varejo têm apresentado bons resultados com a expansão de seus mercados de vizinhança em grandes cidades.
“As pequenas têm ganhado relevância em relação às grandes no varejo alimentar. O principal motor é a abertura de lojas menores”, afirma Felipe Santa Rosa, executivo sênior da Nielsen.
Cerca de 22% dos domicílios brasileiros fizeram compras nas lojas de vizinhança —que têm como foco a oferta de produtos prontos para o consumo— no ano passado, segundo a consultoria.
Eram 13% em 2014. Ao todo, são cerca de 2.800 mercados de rede nesse formato no país.
“Os menores têm visto nessa tendência de oferecer comida em lojas um espaço para se expandir”, diz o superintendente da Apas (associação dos supermercados paulistas), Carlos Correa.
A rede Hirota, que tem 15 lojas nesse formato em São Paulo, vai inaugurar ao menos mais dez neste ano.
“Esse modelo vai concentrar 64% dos nossos aportes e nos fez repensar a nossa cozinha central”, diz o gerente-geral da marca, Hélio Freddi.
O espaço atual responsável por produzir alimentos para as unidades será triplicado.
O grupo MGB, das redes Giga e Mambo, também investe no formato. A empresa abriu uma loja no perfil neste ano e prevê pelo menos mais cinco, todas na Grande São Paulo.
“Buscamos pontos de alta densidade e que comportem receber 1.000 clientes por dia”, diz o CEO, Marcos Nassar.
De lojas novas
O grupo varejista MGB, que atua em São Paulo, vai investir R$ 75 milhões para abrir supermercados de suas bandeiras neste ano. Ao todo, são dez novas unidades da empresa.
A rede Petit Mambo, de mercados de vizinhança, é a que terá o maior número de inaugurações. Serão seis: uma delas, já aberta, em Barueri (SP), e cinco em São Paulo.
“Estamos no processo de escolha dos locais. Damos prioridade para bairros com melhor poder aquisitivo, com o foco para as classes A e B”, afirma o CEO, Marcos Nassar.
Cada estabelecimento demanda cerca de R$ 1 milhão para entrar em operação.
A companhia inaugurou em março uma unidade do atacado Giga, que representa 65% do seu faturamento.
Ainda em 2018 serão mais dois: em Osasco (SP), em modelo compacto, e em Guarulhos (SP), no tamanho tradicional.
O grupo vai abrir também um Mambo no bairro de Perdizes, na capital paulista, ainda neste semestre.
Com a expansão, a estimativa do grupo é crescer 25% em faturamento neste ano.
R$ 1,7 bilhão
foi o faturamento em 2017
2.800
é o total de funcionários
Cozinha oriental
A rede Hirota, de pequenos e médios mercados, fará aporte de R$ 33 milhões em seu plano de expansão neste ano.
Os principais investimentos serão na abertura de unidades na Grande São Paulo e na reforma de sua cozinha industrial na capital.
Das 11 novas operações planejadas para este ano pela empresa, dez serão da modalidade de loja de vizinhança.
São locais menores e localizados em áreas com grande circulação de pessoas, segundo o gerente-geral da marca, Hélio Freddi. Cada uma emprega 12 pessoas.
A companhia abrirá uma unidade tradicional da rede no Morumbi, zona sul de São Paulo.
A cozinha, que tem 1.000 m² e produz 600 toneladas de alimentos ao ano, será reformulada.
“Já ocupamos toda a capacidade instalada, a ideia é pelo menos triplicar o tamanho da planta. Compramos novos equipamentos e aumentaremos o time, de 150 pessoas hoje”, diz o executivo.
R$ 410 milhões
foi a receita no ano passado
1.600
é o número de colaboradores
Compra farmacêutica
O laboratório farmacêutico Biolab adquiriu a operação brasileira do Actavis, empresa do grupo irlandês Teva que atua principalmente na produção de medicamentos com ação no sistema nervoso. O valor da transação não foi revelado.
“As conversas com a Teva surgiram em janeiro porque o grupo tem feito ajustes na sua operação global”, diz o CEO da compradora, Cleiton de Castro Marques.
Com a aquisição, o Biolab busca crescer no segmento de antidepressivos. Hoje, metade da receita da companhia vem da área de cardiologia.
A coluna apurou que a Actavis faturou em torno R$ 34 milhões no país no acumulado em 12 meses até março.
A empresa tem 150 funcionários, uma fábrica no Rio e 30 genéricos em seu portfólio.
R$ 1,3 bilhão
foi a receita do Biolab em 2017
2.500
são os funcionários da marca
Ano de Copa começa com alta de 15% na venda de eletrônicos
Em ano de Copa, as vendas da indústria de eletrodomésticos começaram com alta de 14,9%, segundo a Eletros (associação do setor).
Na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e de 2017, o melhor desempenho veio das televisões, com um aumento de 42,2%.
“Nessa ocasião específica, o mercado já espera uma reação positiva do setor”, afirma Lourival Kiçula, presidente da entidade.
Apesar disso, a tendência é que, no segundo semestre, a saída de televisores caia, diz Claudio Nadanovski, coordenador do setor de TV da Panasonic.
“Quem quer trocar o aparelho, faz isso antes dos jogos. Então, é comum uma queda nas compras após o evento.
No caso dos eletrônicos portáteis, o avanço foi de 12,9%.
Desses itens, as fritadeiras são as que mais se destacaram nas vendas, diz Luis Sancho, diretor de produtos da Mallory. “É uma peça relativamente nova, mas que se populariza.”
Mais mudanças... Após nove anos à frente da Desenvolve SP, o economista Milton Luiz de Melo Santos deixará a presidência da agência de fomento estadual, na esteira de trocas de secretariado do governo Márcio França.
...do governador O novo nome será revelado nos próximos dias. A agência financiou projetos inovadores com juro zero, no valor total de R$ 133 milhões, em empréstimos e criou o fundo de venture capital, Inovação Paulista.
Pede pra sair Walter Ihoshi (PSD-SP), relator do projeto de lei que altera o cadastro positivo, diz ter atendido 15 pedidos de mudanças no texto exigidos por entidades como o Idec, que não querem mudar a norma atual.
Firma... No Congresso, foram distribuídos panfletos contra a lei do grupo Tenho Direito de Saber. É a mesma entidade que travou uma disputa com birôs de crédito, como Serasa e Boa Vista, em São Paulo, nos anos de 2016 e 2017.
...reconhecida Na época os birôs tinham de enviar aos inadimplentes uma carta para avisar que seus nomes ficariam sujos, e esperar um aviso de recebimento. Os favorecidos pela regra, que caiu em 2017, eram os cartórios.
Dinheiro A Shell vai aportar R$ 66 milhões em uma unidade de pesquisa sobre combustíveis em conjunto com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP). Serão financiados 16 projetos. O centro fica abrigado na USP.
Fonte: Folha de SP
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