17/04/2018
A gestão é ruim ou péssima para 70% da população, mesmo índice registrado no levantamento anterior, do fim de janeiro. Os percentuais de regular (23%) e ótima ou boa (6%) também se mantiveram estáveis.
Nos primeiros meses deste ano, o presidente tentou melhorar sua imagem —até se lançou pré-candidato à reeleição, gesto visto como tática para se manter sob os holofotes no período eleitoral—, mas as taxas do governo não mudaram. O emedebista alcança 2% das intenções de voto, segundo o instituto.
Em janeiro, em entrevista à Folha, Temer disse que não vai concluir seu mandato com a pecha de um "sujeito que incorreu em falcatruas". Em março, dois de seus melhores amigos foram presos, numa investigação que apura irregularidades envolvendo o porto de Santos e um decreto do presidente para o setor portuário.
Também em janeiro, Temer foi ao programa de Silvio Santos, no SBT, defender a controversa reforma da Previdência. Em fevereiro, a votação das novas regras de aposentadoria foi suspensa, e o governo federal decidiu fazer a intervenção na segurança pública do Rio.
O presidente afirmou no início do ano que parte da rejeição ao seu mandato acontece porque as pessoas "não vão com a sua cara" e pediu que os eleitores façam uma "análise fria" de sua gestão.
A pesquisa foi feita entre os dias 11 e 13 de abril, após um ano e 11 meses de Temer no cargo. O Datafolha ouviu 4.194 pessoas em 227 municípios do país.
A nota média do governo subiu levemente em relação a janeiro: foi de 2,6 para 2,7. A gestão ganhou nota zero de 41% dos entrevistados; 2% deram a avaliação máxima (dez pontos).
A pesquisa mostrou ainda que a corrupção voltou a ser apontada como o principal problema do país —é citada por 21%. Seis meses antes, saúde liderava, com 25%.
Fonte: FSP
UGT - União Geral dos Trabalhadores