03/04/2018
O faturamento do setor de supermercados teve alta de 1,57% em janeiro e fevereiro em comparação com o primeiro bimestre de 2017, segundo balanço divulgado hoje (29) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em fevereiro, o setor registrou alta de 0,22% em relação ao mesmo mês do ano passado.
De acordo com o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, o ritmo de crescimento ficou abaixo do esperado devido à deflação registrada nos preços dos alimentos. “Continuamos com a perspectiva de uma retomada nos preços de alguns alimentos de forma gradativa durante 2018”, ressaltou.
O índice de preços da própria Abras, relativo à cesta dos produtos mais consumidos, registrou queda de 1,82% em fevereiro em relação a janeiro. Os 35 itens pesquisados passaram de R$ 451,10 para R$ 442,88.
Para este ano, a entidade prevê crescimento de 3% do setor. Ao longo de 2017, os supermercados tiveram uma expansão de 1,25% nas vendas.
Adaptação. Para se adaptar aos cortes na receita doméstica, 59% disseram ter mudado o padrão de vida. Os cortes mais expressivos foram na compra de roupas, calçados e acessórios (65%), saídas para bares e baladas (56%), delivery e comida fora de casa (56%), alimentos supérfluos, como carnes nobres, bebidas e iogurtes (52%), atividades de lazer (52%) e gastos com salão de beleza (45%).
As principais despesas que foram mantidas foram: água e luz (65%), produtos de higiene, limpeza e alimentação básica (64%), planos de internet (49%), telefonia (45%) e TV por assinatura (40%). Há também 32% de desempregados que mantiveram plano de saúde.
Quase metade dos desempregados (46%) passaram a pedir dinheiro emprestado a amigos e familiares e 30% recorreram ao cartão de crédito. Como contenção de gastos, 63% optaram por marcas mais baratas na hora das compras. O levantamento revela ainda que 68% dos entrevistados passaram a fazer mais pesquisas de preços, além de pechinchar (62%).
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores