11/02/2009
O papel da mulher no Mercosul, na sociedade, na família, no trabalho, na política e nos espaços de poder será o tema principal do I Seminário Regional Internacional, a ser realizado no dia 7 de março, no município Santana do Livramento, situada na divisa entre o Brasil e Uruguai . A promoção é da UGT (União Geral dos Trabalhadores) através da Comissão de Mulheres, da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul (CM- CCSCS). A escolha da cidade gaúcha deve-se ao fato de estar localizada na fronteira com o Uruguai, separada apenas por uma avenida. É nessa cidade do extremo sul do Rio Grande do Sul onde ocorre o maior índice de casos de violência contra a mulher", justifica Eleuza de Cássia Bufelli Macari, coordenadora do projeto e secretária-adjunta da Secretaria de Relações Internacionais, da UGT.
No dia 8 será realizado um ato público com a participação de delegações dos quatro países que integram o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). A previsão é reunir pelo menos 10 mil pessoas e para isso contará com a participação das centrais sindicais dessas nações sulamericanas. Cássia lembra que na próxima Conferência Internacional do Trabalho, da OIT prevista para julho, um dos temas a ser abordado é relacionado ao trabalho e família. Com isso, o evento em Santana do Livramento será uma forma da CM-CCSCS promover um debate de forma qualificada visando garantir às trabalhadoras das nações que formam o Mercosul seus direitos.
A dirigente da UGT espera que nesse dia, as atenções das autoridades e das mulheres brasileiras, argentinas, uruguaias e paraguaias estejam voltadas para Santana do Livramento. A coordenadora da Comissão de Mulheres de Centrais Sindicais do Cone Sul esclarece que a definição de políticas públicas como saúde, educação, emprego e renda,além da garantia de acesso no âmbito da região, considerem a perspectiva de gênero, em especial as especialidades das mulheres, maiores vítimas, quando da ausência do Estado e mais vulneráveis em momentos de crise. "A cidade de Santana do Livramento, por ser separada do Uruguai apenas por uma avenida, tem registrados muitos casos de violência contra as mulheres e nenhuma providência é tomada porque uma cidade espera pela outra", conclui Cassia Bufelli Macari."
UGT - União Geral dos Trabalhadores