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Reunião do Planeta ODS discute papel da mulher na luta por água potável


27/03/2018

A proposta da roda de conversa Gênero e Água, realizada no dia 23/03, em Brasília, durante as atividades do Planeta ODS, teve o propósito de trazer experiências e reflexões sobre o papel da mulher na sociedade e também sua relação com o ODS 6 Água e Saneamento. Participaram do debate Leonice da Paz, presidente da Fundacentro, Marta Livia Suplicy, presidente Nacional da LIBRA - Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil, Janaína Fernandes de Oliveira, representante do Conselho Regional de Administração do Ceará-CRA, Erica Paes Especialista em Defesa Pessoal para Mulheres, atleta de MMA e Cristina Palmieri, do Comitê de Sustentabilidade e da Jornada 2030 da UGT.

 

Água é vida! Mas quando é escassa quem sofre mais? Quem, desde menina tem a responsabilidade de buscar água para seu lar?

 

A busca pela água pode ser o fio condutor para o empoderamento da mulher numa sociedade desigual, machista e violenta. Marta Livia Suplicy, presidente Nacional da LIBRA - Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil levou para o debate o exemplo de Dona Lia, líder comunitária de 55 anos, que assiste, direta e indiretamente, a 600 famílias alcançando cerca de 3 mil pessoas através de uma horta comunitária que está auxiliando a população do local com a oferta de alimentos orgânicos, de qualidade, e a custo baixo. Ela viveu sob a escassez de água na maior cidade da América Latina, São Paulo. De origem nordestina Dona Lia conseguiu, com muita disposição e luta, água potável em 2005 na comunidade Vila Nova Esperança onde vive no Butantã.

 

Outra iniciativa de empoderamento é a Virada Feminina, um projeto coletivo que direciona e amplia atividades em torno da promoção da saúde, combate à violência da mulher e discriminação de gênero, participação da mulher na política, empreendedorismo.

 

Para Janaína Fernandes de Oliveira representante do Conselho Regional de Administração do Ceará-CRA é importante conhecer a realidade das comunidades, elaborar projetos e levantar recursos. é necessário o fortalecimento das parcerias através dos profissionais colaboradores, conselhos de classe, a virada feminina, UGT e demais instituições na luta pelo direito universal.

 

Leonice da Paz, presidente da Fundacentro reforçou o papel da entidade como um local histórico de serviços prestados à saúde do trabalhador, especialmente a mulher, que cada vez mais se torna chefe de família em lares. Leonice garantiu que a entidade não medirá esforços no sentido de denunciar condições precárias de trabalho da população, especialmente da mulher.

 

Erica Paes especialista em Defesa Pessoal para Mulheres, atleta de MMA apresentou seu projeto “Eu Sei Me Defender” que vem ganhando cada mais adeptas por onde passa e salvando vidas. O projeto oferece às mulheres que estão na condição de vítimas em potencial, a possibilidade de abandonarem a situação de vulnerabilidade, por meio da capacitação com técnicas de artes marciais e orientação psicológica, fornecendo ainda acolhimento, ferramentas de proteção e elevação da autoconfiança. A ideia do projeto começou devido às experiências pessoais de violência vividas por Erica. O objetivo principal do projeto é diminuir as estatísticas de violência contra a mulher.

 

Durante o debate levantou-se a questão do risco de ser uma liderança no País. pessoas engajadas, que se preocupam em levar uma vida mais justa para populações vulnerabilizadas, comunidades carentes ou que tentam proteger povos e territórios são assassinadas. A vida e as lutas da vereadora e militante Marielle Franco foi lembrada e celebrada. Marielle lutava por respeito a diversidade, saneamento, pelo respeito ao outro! Existem sim milhares de Meirelles Brasil a dentro. Marielle, presente! Marielle, Semente!

 

No final da atividade Cristina Palmieri recebeu o assessor sênior do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Haroldo Machado Filho, ele fez questão de participar da atividade para agradecer todos os participantes e falar um pouco mais dos ODS e como eles se relacionam entre si. Para finalizar deu seu depoimento ao dizer que é filho de uma mulher empoderada e sabe desse protagonismo no seio familiar.

 

Reforçando a ideia de que o acesso água potável é fundamental para uma sociedade mais humana, justa e próspera Palmieri pediu reflexão sobre o que foi discutido nos últimos três dias e finalizou: “Não podemos desistir, precisamos manter e disseminar essa luta. Assumimos o compromisso de compartilhar boas práticas para alcançar nos próximos 12 anos os 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável, uma agenda de todos para todos!

 

 

 


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