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Participação do coletivo é imprescindível para Cultura de Paz


23/03/2018

A falta de acesso a água pode levar à fome, epidemias, instabilidade social, política e principalmente conflitos armados. Essas foram as preocupações trazidas para os  a mesa de debates realizada na última quarta feira (21/03) no planetário em Brasilia. 

 

Se é difícil dividir sensivelmente as reservas hídricas dentro de um único país, imaginemos o que ocorrerá em bacias de rios internacionais como a do Rio Jordão, que atravessa o Líbano, Síria, Israel, os territórios palestinos e a Jordânia, todos fazendo uso da reserva compartilhada, em uma região extremamente seca. Mesmo com abundância de recursos hídricos o Brasil ainda não criou mecanismos de proteção sistêmica, o que pode colocar em risco a sobrevivência das populações tradicionais e aumentar as desigualdades.

 

Participaram do debate Agua, Paz e Água e Povos Territórios/Tradicionais Moema Freire  responsável pelo programa para Paz e Governança do PNUD no Brasil, Dra. Deborah Duprat, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, a Indígena Tainá, convidada do PNUD, Armin Augusto Braun da Secretaria de Defesa Civil/Ministério da Integração e Fátima Cristina Faria Palmieri (UGT).

 

Durante mesa de debates Água e Paz a UGT trouxe para o debate a proposta de declarar a água como um “bem comum” à disposição de toda a humanidade. 

 

Para Dra. Deborah Duprat (Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão) a solução para o problema da exploração dos recursos nacionais não poderá ser resolvido a partir de ações individuais, segundo a Procuradora nós temos um congresso que está flexibilizando cada vez mais as leis ambientais e demarcando cada vez menos as áreas indígenas, quilombolas e populações tradicionais. Precisamos mudar essa situação, pontuou.

 

A indígena Tainá, convida pelo PNUD denunciou o massacre das populações tradicionais por grandes grupos econômicos. Precisamos defender a nossa cultura a nossa diversidade, nossas cores, nosso vocabulário. em tom de protesto clamou pelo fim da rotulagem do meio ambiente e exigiu o cumprimento da convenção 169 da OIT.

 

Nina Orlow, da Aliança Resíduo Zero Brasil afirmou que o caminho de participação do coletivo é fundamental, pois faz parte do controle social de todas as convenções e compromissos firmados por Governos e gestores públicos. 

 

Para Cris Palmieri, coordenadora da a UGT afirma que o objetivo da UGT e viabilizar e ter uma ação catalisadora  de parcerias que visem levar ações transformadoras aos povos tradicionais vulneráveis, reforçando seu compromisso com um sindicalismo cidadão. 

 


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