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Grupo Yamada do Pará propõe acordo com os trabalhadores demitidos


21/03/2018

O Grupo Yamada apresentou no último dia 13 ao juiz da recuperação judicial a lista com oito imóveis que serão vendidos para saldar dívidas da ordem de R$ 85 milhões com os trabalhadores demitidos desde dezembro de 2016. As informações foram repassadas, ontem, pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Supermercados, Hipermercados, Mercadinhos e Boxes (SINTCVAPA), Antonio Caetano de Souza. A ação envolve também os sindicatos dos Trabalhadores no Comércio de Anannindeua (Sintracom), de Farmácias (SINTCVAFEPA) e de lojas de Belém (SINTCLOBE), que integram a Federação dos Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços dos Estados do Pará e Amapá (Fetracom-PA/AP) e União Geral dos Trabalhadores no Pará (UGT).

 

Os termos do acordo foi apresentado ainda, ao Ministério Público Estadual, pelo administrador judicial da Yamada, Mauro Santos.

 

Segundo o advogado Mauro Rios, que representa os três primeiros sindicatos envolvidos na questão, as demissões começaram em dezembro de 2016 e, a partir daí uma significativa de ações foram ajuizadas junto a Justiça do Trabalho contra a Yamada, que entrou com pedido de recuperação judicial em maio de 2017. A partir de então, todos os processos tiveram continuidade, porém, as ações de execução contra o grupo, pela Justiça, ficaram paralisados. A cada processo finalizado, eram geradas as certidões de habilitação de créditos para os trabalhadores até o final do processo de recuperação.

 

Paralelo a isso, o advogado Mauro Rios explica que, ao lado de seu colega Jader Khawage, do SINTCLOBE, passou a negociar com o administrador da reuperação judicial da Yamada, a possibilidade de a dívida ser efetivamente quitada com o oferecimento de bens, em virtude das lojas que ficaram funcionando não alcançarem as cifras necessárias para pagar todas as dívidas, como verbas recisórias, multa rescisória do FGTS e meses não depositados do fgts entre agosto a dezembro de 2016, juros e correção monetária até maio de 2017 (data do ajuizamento da recuperação judicial)  “Nas tratativas, nosso maior pleito era que o trabalhador não deixasse de receber nenhuma verba rescisória, devendo haver o pagamento com o oferecimento desses bens, os cerca de quatro mil trabalhadores pudessem receber seus direitos.”, acrescentou.

 

Depois de todas essas negociações, ainda segundo Mauro Rios, as partes chegaram a um termo. Foi feita uma assembleia envolvendo todos os trabalhadores dos sindicatos e eles aceitaram, à unanimidade. Apresentados esses bens, vamos fazer uma nova assembleia, agora de credores, nos autos da recuperação judicial. Caso os trabalhadores concordem então vamos proceder à venda dos bens e as verbas serão destinadas aos credores, independente de demanda coletiva, individual, seja de que sindicato for", acrescentou Rios.

 

Ele finalizou dizendo que as negociações atenderam a todos e evitou que se tivesse uma demanda prolongada de final incerto. Todos acabam por sair satisfeitos, disse.

 


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