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Obama e a limitação dos salários dos altos executivos


09/02/2009



Teve ampla repercussão internacional a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de limitar em US$ 500 mil ao ano (R$ 133 mil ao mês) os salários dos principais executivos de empresas norte-americanas que receberem a partir de agora qualquer ajuda do governo.

A informação, fornecida por Fernando Canzian (Folha de São Paulo, 5/2/2009, Caderno Dinheiro, B-5), demonstra claramente que a nova administração estadunidense sinaliza que os executivos da empresas que fracassaram não poderão manter seus altos rendimentos, ainda mais se se leva em conta que tais empresas passarão a receber dinheiro público.

Em tempos de crise, os altos executivos, que recebem grandes salários mais bônus e outros benefícios, sempre têm prontos grandes pacotes de cortes de emprego, redução de salários e benefícios, mas apenas dos trabalhadores. Nem passa pelas suas cabeças cortar a própria carne. Jogam sempre nas costas dos trabalhadores os ajustes e pensam que com isso salvarão a empresa. Salvam nada, só sua pele", afirma indignado o Secretário Nacional de Comunicação da União geral dos Trabalhadores (UGT), Marcos Afonso.

A UGT, que entregou suas propostas anticrise ao presidente Luis Inácio Lula da Silva, no último dia 19 de janeiro, defende, entre outras medidas, a adoção de contrapartidas sociais e a manutenção de emprego (e não só do nível de emprego) de todas as empresas/setores econômicos em dificuldades que receberem recursos públicos
ao mesmo tempo, os empréstimos a estas empresas devem ter o acompanhamento dos respectivos sindicatos de trabalhadores de modo a garantir a manutenção do emprego.

Para Marcos Afonso, além dessa medida, "o governo brasileiro deveria seguir medida idêntica a do governo norte-americano. Veja o caso brasileiro. As dez principais empresas brasileiras de capital aberto com ações também negociadas em Nova York pagam mais de R$ 736 milhões por ano aos seus principais executivos. As remunerações individuais chegam a a R$ 5,375 milhões por ano, em média, como é o caso da Vale. É um ultraje à razão e à dignidade humana as diferenças de rendimentos entre os principais executivos e a grande massa de trabalhadores", sinalizou."


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