13/03/2018
A maioria das empresas pretende manter estável sua equipe no segundo trimestre do ano, enquanto 16% pretendem abrir mais vagas e 6% querem diminuir seu quadro de funcionários, de acordo com uma pesquisa da consultoria ManpowerGroup divulgada nesta terça-feira (13).
A consultoria questionou 850 empregadores no Brasil sobre a variação no total de colaboradores na empresa nos próximos três meses, em comparação ao mesmo período anterior
A consultoria avaliou o resultado como positivo, já que mostram um aumento do percentual de empresas que querem contratar e uma diminuição daquelas que querem cortar vagas na comparação com os trimestres anteriores.
“A pesquisa já demonstra um quadro de estabilidade desde 2017. Agora estamos voltando para um nível de otimismo que começa a gerar um cenário mais favorável para a criação de emprego”, afirma Nilson Pereira, CEO da Manpower.
Segundo ele, a recuperação da economia brasileira está em curso e alguns setores já voltaram a contratar, como o agronegócio e a indústria. As grandes empresas estão mais otimistas e devem voltar a contratar mais rápido. "A recuperação econômica que já aparece nas grandes empresas demora um pouco mais para ser sentida pelo pequeno empresário", disse Pereira.
Entre os estados do Brasil, o destaque positivo é o Paraná, que tem a maior perspectiva de contratação, puxado pelo crescimento do agronegócio e indústria. Já o Rio de Janeiro é o destaque negativo, diante da crise no estado e dos desafios ainda presentes no setor de petróleo e na construção civil, setores que predominam na economia carioca.
Mais contratações que demissões
Para medir o aquecimento do mercado de trabalho, a consultoria avalia a diferença entre o percentual de empregados que prevê aumentar o número de vagas e aqueles que pretendem reduzir em determinado período, em um indicador chamado de expectativa líquida de emprego.
Quando o número é positivo, a quantidade de empresas que quer contratar mais pessoas é maior do que aquelas que querem cortar sua equipe. E quanto maior esse índice, mais aquecido está o mercado de trabalho de um país.
Dentro desse indicador, o Brasil apresenta as mais fortes intenções de contratação dos últimos três anos, de 8%, com uma melhora de 2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e, de 11 pontos, na comparação anual.
Ranking global
Apesar da melhora, o Brasil ainda não se destaca no mundo entra as nações que mais devem gerar emprego no segundo trimestre. De 44 países no ranking, o Brasil ocupa a 25ª posição.
Croácia é o mercado de trabalho mais aquecido, seguido de Taiwan. Na lanterna global, Itália aparece com -1%, seguida por Suíça e República Tcheca, ambas com 1%.
Fonte: G1
UGT - União Geral dos Trabalhadores