Notícias

O claro interesse do governo em enfraquecer todos os órgãos de defesa do trabalhador. Esta foi a principal crítica feita por sindicalistas das centrais sindicais e servidores públicos no ato promovido pelos auditores-fiscais do trabalho nesta quarta-feira, 28, em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro do Rio.

A manifestação foi mais uma das muitas outras já realizadas em repúdio a ordem de despejo requerida pelo TRT contra a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio (SRTE-RJ), que deverá ser instalada em outro prédio também no Centro da Cidade.

Diretor jurídico da União Geral dos Trabalhadores do Rio (UGT-RJ), Cláudio Rocha ratificou a inviabilidade do local determinado, sugerindo a interdição no prédio indicado.

“A presidência do TRT não está percebendo, mas está se tornando cúmplice deste projeto de enfraquecimento de todos os órgãos de defesa dos trabalhadores. Hoje não temos o bem-estar social dos trabalhadores como objetivo dos políticos, mas tão somente o atendimento às necessidades do capital. Por isso a UGT, junto com as demais centrais sindicais, está nessa luta. Os auditores deveriam interditar o prédio da General Justo, um prédio que não tem a menor infraestrutura”, sugeriu ele, sob aplausos.

Presidente da Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa (Alerj), o deputado Paulo Ramos afirmou que a luta dos auditores-fiscais é muito grande. “Quero dizer aos magistrados que o desmonte dos direitos da classe trabalhadora passa também pelo fim da Justiça do Trabalho. Essa luta é em defesa da soberania nacional e de todos os direitos dos trabalhadores”, conclui o parlamentar.