05/03/2018
As reservas dos planos de previdência privada aberta cresceram 17,6% em 2017, um resultado inferior aos dos dois anos anteriores, segundo a Fenaprevi (federação do setor).
Em 2015, a alta registrada foi de 23%. Em 2016, chegou a 24%. A queda dos juros foi o principal fator para a desaceleração, afirma Edson Franco, presidente da entidade.
“A captação líquida foi positiva, muito similar à de 2016, o que afetou o ritmo foi a rentabilidade financeira das reservas”.
“Com a inflação a 3%, o crescimento é bastante significativo para o segmento”, diz.
O ano foi de recuperação econômica, e, por isso, o resultado deve ser percebido como positivo, afirma Marcelo Mello, vice-presidente de investimentos da SulAmérica Seguros.
A expectativa para 2018 é que as reservas cresçam mais do que 15%, diz Franco.
O número de novos contratantes no período ultrapassou a barreira dos 250 mil —um aumento de 2,02%.
“Tivemos uma elevação no número de participantes dos produtos de previdência de cerca de 30%”, diz Fernanda Pasquarelli, diretora da Porto Seguro.
“Atualmente há cerca de 13 milhões de segurados, o que representa apenas 14% da população ocupada”, afirma Franco.
Entre os trabalhadores formais de empresas de médio e grande porte, 88,6% não possuem nenhum tipo de previdência, de acordo com a federação.
Fome para comprar
A Sapore, de alimentação corporativa, não desistiu de fazer aquisições de redes de restaurantes após a IMC (das marcas Viena e Frango Assado) rejeitar sua proposta de fusão, no último dia 22.
“Nossa decisão de iniciar operações no varejo está tomada. A primeira porta não abriu, mas estou com as mãos em outras duas”, afirma o presidente, Daniel Mendez.
A ideia é fechar as compras nos próximos meses, diz o executivo.
A empresa pretende, também, ampliar sua divisão voltada ao fornecimento de alimentos a grandes eventos. “Temos cem profissionais dedicados a estudar oportunidades de negócio.”
No ramo principal da Sapore, os aportes em maquinário e treinamento de funcionários serão de R$ 50 milhões neste ano.
“Vamos comprar fornos novos e máquinas de lavar para otimizar produção”, diz Mendez.
R$ 104 milhões
foi o EBITDA em 2017
R$ 1,75 bilhão
foi a receita no ano passado
15.000
é o número de funcionários
Previsão presidencial
O banco UBS estima que novo presidente do país será de centro ou de centro-esquerda e dará continuidade à agenda reformista do atual governo.
“Essa pessoa consolidará as reformas econômicas já iniciadas ao lidar com a questão fiscal, o que incluiria as reformas tributária e da previdência”, diz o estudo sobre investimentos em mercados emergentes.
Nesse cenário, a instituição financeira prevê a queda do desemprego e o crescimento do PIB nos próximos anos.
“Um candidato desse perfil teria a capacidade de atrair os eleitores que originalmente votariam no ex-presidente Lula ou em Jair Bolsonaro”, diz Ronaldo Patah, estrategista de investimentos da empresa.
“Poderia ser alguém como Geraldo Alckmin (PSDB) ou o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD)”.
No caso de vitória de um candidato de esquerda, a economia poderia sofrer uma crise de confiança, os juros subiriam e o potencial de crescimento do PIB seria menor, segundo o relatório.
Crédito paulista
A Standard & Poor’s manteve a nota do perfil de crédito individual do estado de São Paulo em “bb+”, um nível abaixo do grau de investimento.
O indicador não equivale às avaliações mais amplas feitas pela agência, mas analisa isoladamente a qualidade de crédito de uma empresa ou ente federativo.
O rating global do estado é obrigatoriamente igual ao do Brasil (BB-), que em janeiro deste ano teve sua nota rebaixada a três níveis abaixo do selo de bom pagador.
“A previsão é que o estado siga comprometido com políticas fiscais prudentes nos próximos 12 meses, resultando em superávits de receita operacional superiores a 5%”, afirma a agência.
Legado da copa
A Imply, que fabrica controles de acesso e tíquetes para estádios, vendeu seu sistema para quatro arenas do Marrocos.
A companhia forneceu esse mesmo produto para a Copa do Mundo de 2014 e para times brasileiros, como Grêmio, Internacional e Atlético-PR.
A unidade que produz a solução se tornará uma empresa independente neste ano, diz o diretor-executivo, Tironi Ortiz. O investimento será de R$ 11 milhões.
Outros R$ 10 milhões irão para a criação de produtos das outras áreas: máquinas de entretenimento, como pistas de boliche, terminais de autoatendimento e painéis eletrônicos, diz Ortiz.
Rocha O grupo Guidoni, de pedras naturais, vai entrar no mercado de superfícies de quartzo. A empresa investe R$ 9 milhões em uma fábrica para moer o material.
Fonte: Folha de SP
UGT - União Geral dos Trabalhadores