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Agronegócio foi perfeito em 2017 e vai ajudar neste ano


02/03/2018

A safra recorde de grãos do ano passado gerou um PIB (Produto Interno Bruto) agropecuário também recorde. A evolução da agropecuária ajudou o país a sair do quadro recessivo que registrava até 2016.

 

A agropecuária adicionou R$ 299 bilhões na economia em 2017 e o PIB do setor teve evolução de 13%.

 

É a maior taxa anual desde 1996, quando o IBGE começou a série de Contas Nacionais Trimestrais da forma que é feita atualmente.

 

Pode-se dizer que o cenário da agropecuária foi bem mais favorável do que o dos outros setores no ano passado porque a evolução das lavouras foi perfeita.

 

Clima adequado, aumento de área plantada e as novas tecnologias que estão sendo implementadas no campo elevaram a produção para o recorde de 241 milhões de toneladas de grãos.

 

Soja, milho e algodão se destacaram. A área com soja subiu para 35 milhões de hectares, e a produção da oleaginosa atingiu o recorde de 115 milhões. A produção de milho, que cresce ano a ano, também foi recorde, beirando os 100 milhões de toneladas no período.

 

Se 2017 já foi bom, 2018 pode repetir a dose, com a agropecuária voltando a dar boa contribuição para o PIB. A produção de grãos pode ficar acima do que as estimativas iniciais indicavam, à exceção da do milho, que recua.

 

Parte das consultorias especializadas no mercado agrícola aponta novo aumento na produção de soja e de algodão. Além disso, o café se recupera e deve registrar safra recorde. O trigo, que teve intensa queda na safra do ano passado, pode dar a volta por cima neste ano e retornar ao patamar normal de produção.

 

A pecuária também poderá dar uma contribuição melhor neste ano do que em 2017, quando o setor passou boa parte do ano administrando várias crises. A mais grave foi a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, no primeiro trimestre do ano.

 

Apesar da acelerada evolução no ano passado, o desempenho do PIB agropecuário ficou estável no último trimestre do ano, em relação ao imediatamente anterior.

 

Os números indicam que essa estabilidade ocorreu por causa do mau desempenho das lavouras de trigo, cana-de-açúcar e mandioca. Os setores de laranja e de fumo estiveram entre os que mais cresceram.

 

Fonte: Folha de SP

 


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