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Trabalhadores aprovam moção para que crimes contra crianças e adolescentes não sejam abafados no Pará


01/02/2009



No último dia de palestras no Fórum Social Mundial, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) aprovou moção a ser encaminhada à Assembléia Legislativa do Pará para que crimes contra crianças e adolescentes sejam investigados e apurados em toda a sua extensão. Nada tem que ser abafado nesse país, porque crime contra criança e adolescente é um dos mais hediondos que existem", disse o presidente estadual da central sindical, José Francisco Pereira, indignado diante das denúncias de que autoridades e parentes de autoridades do mais alto escalão do Estado estariam envolvidos em casos como esses. "Se fosse com um trabalhador, com certeza já teria sido punido", disse.

A discussão sobre o assunto foi feita durante o Seminário "Enfrentamento às violências sexuais contra crianças e adolescentes", promovido pela UGT, dentro da tenda "Mundo do Trabalho", na Universidade Federal do Pará, um dos territórios do FSM. Em palestra, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito de Abuso e Exploração Sexual de Criança e Adolescentes, deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS) desenhou um quadro da situação de violência contra menores no Estado e disse que, se depender dele, nenhum caso ficará omisso e que tudo contará de seu relatório a fim de que haja a punição exemplar dos responsáveis.

Jordy informou que, em pouco mais de um mês da abertura da CPI, já foram recebidas mais de mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes, muitas da quais envolvendo prefeitos, vereadores, deputado, conselheiros de tribunais, empresários, policiais e parentes de pessoas importantes do Estado.

"A maioria dessas pessoas já estava com o inquérito policial aberto havia tempo, mas os processos estavam dormindo em berço esplêndido, porque é uma rede de poder muito grande", disse, elogiando a iniciativa da UGT em trazer à pauta de discussões assuntos como esses que importam à sociedade. "É preciso cada vez mais colocar essas questões nas agendas de debates para que se construa um mundo melhor", ressaltou, conclamando a sociedade a se unir para mudar "esse mundo indigno que aí está".

O deputado lembrou que a CPI foi aberta a partir de denúncias de violência sexual envolvendo crianças e adolescentes que residem na região do Marajó, e que, se na época o caso do deputado (Luiz Seffer), acusado de abusar de uma criança que morava com ele em sua residência, já tivesse vindo à tona, talvez o debate sobre o assunto nem existisse. "Não acreditem no parlamento como instrumento de mudança de nada, porque ele existe mais para preservar do que para alterar o que já existe", afirmou, lembrando que ele faz parte da ínfima minoria que luta por mudanças. "O parlamento só muda se tiver muita pressão social, caso contrário essa própria CPI será servida como pizza", disse Jordy.

Ele pediu que quem tiver novas denúncias de violência contra menores pode encaminhá-las ao seu gabinete ou a de qualquer outro parlamentar que integre a CPI, convidando a todos para a audiência pública que será realizada no próximo dia 04, às 14 horas, no auditório João Batista, quando serão ouvidas autoridades importantes para esclarecimento de várias das denúncias apresentadas à A. L.

Senador - O senador José Nery (PSOL/Pa) também conversou com os trabalhadores e reafirmou o seu apoio à UGT para continuar defendendo as lutas de interesse dos trabalhos, entre elas, às relacionadas ao fim do trabalho escravo."


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