23/01/2018
Mesmo com uma ala próxima do presidente Michel Temer já admitindo que a votação da reforma da Previdência pode ficar para depois das eleições, o próprio presidente relatou a interlocutores diretos neste fim de semana que é melhor votar em fevereiro “mesmo que para perder”.
O governo sabe que não tem ainda os 308 necessários para aprovar a matéria, que tem previsão de ir a votação no dia 19 de fevereiro. A avaliação de Temer é que os deputados vão ser cobrados pelo seu posicionamento perante o tema e que é preciso que eles “mostrem a cara”.
De acordo com um auxiliar do presidente, a determinação do governo em votar mesmo para perder fará ainda com que os pré-candidatos - como Geraldo Alckmin - pressionem seus partidos para votarem a favor do texto.
No fim do ano passado, Temer ensaiou o discurso que adotará caso a matéria não seja aprovada, dirá que “fez sua parte” e que os parlamentares é que serão culpados pela continuidade de crise.
Déficit. Temer usou o Twitter segunda-feira, 22, para comentar o resultado do déficit da Previdência Social e reforçar o argumento de que a reforma que o governo pretende votar em fevereiro é fundamental para a economia do País.
“O déficit recorde de R$ 268,8 bi da Previdência Social em 2017 é mais uma prova da necessidade de um sistema previdenciário sustentável”, escreveu. “A aprovação da reforma vai garantir o equilíbrio das contas públicas e possibilitar mais investimentos, geração de emprego e renda”, completou.
Mais cedo, a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda informou que o déficit da Previdência da União (INSS e servidores) atingiu R$ 268,798 bilhões em 2017. As contas do INSS registraram déficit de R$ 182,45 bilhões em 2017.
Já o déficit da Previdêcia dos servidores da União foi de R$ 86,348 bilhões. O rombo do INSS cresceu 21,8%, uma alta de R$ 32,717 bilhões em relação ao verificado em 2016, quando o déficit ficou em R$ 149,7 bilhões.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores