22/01/2018
Os comerciários liderados pela Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços dos Estados do Pará e Amapá (Fetracom-PA/AP) já encaminharam, aos sindicatos patronais das mais diversas áreas do setor, proposta de reajuste salarial referente à data-base de 1º de março. Eles reivindicam, entre outras coisas, reposição das perdas com a inflação e aumento real de 2%.
A campanha foi antecipada, segundo explicou o presidente da Fetracom-PA/AP, José Francisco de Jesus Pantoja Pereira, em razão da aprovação, ano passado, da reforma trabalhista. Assim, a assembleia geral das mais variadas categorias do comércio aconteceu no dia 15 de dezembro do ano passado e a proposta já foi encaminhada aos sindicatos patronais que, até então, ainda não se pronunciaram.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Supermercados (SINTCVAPA), Antonio Caetano, "provavelmente eles não vão se pronunciar e teremos de partir para o dissídio coletivo, a exemplo do que aconteceu no ano passado", quando a decisão de reajuste só aconteceu com o julgamento do processo, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região.
Contudo, pondera Caetano, "a gente começou a campanha com bastante antecedência. Ainda há bastante tempo para que patrões e empregados se reúnam para discutir as bases do acordo". Por sua vez, Zé Francisco explica que uma das questões mais importantes, na discussão, é a manutenção das cláusulas celebradas em convenções coletivas dos anos anteriores, que contém conquistas dos trabalhadores e que a Fetracom-PA/AP tentará manter.
Da campanha participam, além dos trabalhadores em supermercados, empregados no comércio de Belém e do interior do Estado, funcionários de supermercados, lojas e magazines de Ananindeua e Marituba, trabalhadores de Castanhal, funcionários de empresas de serviços funerários, materiais de construção e revendedores de veículos, entre outros.
Procurado, o presidente do Sindicato das Empresas de Comércio de Supermercado e Autosserviços do Pará (Sindespa), empresário Fernando Brito, disse que se encontra fora do Estado e que só retorna a partir do dia 31 de janeiro. Ele não forneceu detalhes acerca das negociações.
UGT - União Geral dos Trabalhadores