15/01/2018
Quase dois anos depois de suspender seus voos para os EUA, a Gol vai retomar as rotas de Miami e Orlando no início de novembro.
Serão quatro operações diárias com partidas de Brasília e Fortaleza -cada origem com saídas para ambos os destinos americanos.
A Gol suspendeu as viagens para os EUA no início de 2016, num momento em que a crise abalava a demanda por passagens e as companhias aéreas tiveram de se adequar, reduzindo a oferta de assentos. Houve cortes generalizados de frequências de voos, interrupção de rotas e enxugamento de frotas de aeronaves.
Em 2016, as companhias brasileiras e estrangeiras registraram uma queda de mais de 7% na oferta, diante de um recuo de quase 4% na demanda, segundo dados da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).
No ano passado, a demanda pelos voos internacionais reagiu, com alta de 12,3% de janeiro a novembro ante o mesmo período de 2016.
Desde 2015, a Gol vem mudando sua malha aérea para expandir o centro de conexões de Brasília. Segundo a empresa, a escolha dos horários de saída do voos para os EUA foi pensada para viabilizar conexões de aproximadamente 30 origens por Brasília.
No aeroporto de Fortaleza, onde há poucos meses a Gol anunciou a criação de um centro de conexões com a parceria Air France KLM, será possível conectar passageiros de 13 destinos nos horários de voos determinados para Miami e Orlando.
As conexões devem ser feitas em no máximo 50 minutos, segundo a empresa.
No planejamento inicial não há perspectivas de criar novas rotas para os Estados Unidos com origem em outras cidades brasileiras.
Os novos voos serão operados com o Boeing-737 Max, aeronaves que a companhia começará a receber a partir de junho.
Com operação mais econômica e maior alcance, as novas aeronaves vão permitir que a empresa ofereça viagens sem escala e passagens com preços mais compatíveis com os da concorrência.
Será um avanço em relação aos voos suspensos em 2016, que tinham parada na República Dominicana.
Há seis anos, a Gol -que nesta segunda (15) completa 17 anos- tem uma parceria com a Delta Air Lines no Brasil, em que registra mais de 1 milhão de passageiros transportados entre o país e os EUA.
Hoje, elas ofertam voos compartilhados para cerca de 320 destinos em 60 países.
Fonte: Folha de SP
UGT - União Geral dos Trabalhadores