26/01/2009
No primeiro dia de atividades do FSM (Fórum Social Mundial), o presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, vai abrir a Plenária no espaço Mundo do Trabalho". Ele falará sobre o tema "O papel do movimento sindical frente à crise". De acordo com o secretário geral, Canindé Pegado, o presidente ugetista leva na bagagem uma vasta experiência sobre o assunto, já que está no movimento sindical há mais de 20 anos. No que diz respeito a questão crise, Canindé Pegado, lembra que desde que a mesma eclodiu nos Estados Unidos, a UGT vem promovendo reuniões e seminários justamente para debater o problema.
No mundo moderno, conforme o secretário geral da UGT, o movimento sindical tem que acompanhar de perto todos os acontecimentos, em especial àqueles que dizem respeito às condições de vida dos trabalhadores. "Tanto é que a UGT promoveu um seminário especificamente para discutir essa crise mundial e desse seminário saiu um documento com propostas ao governo", explica Pegado que, juntamente com Ricardo Patah e outros dirigentes, estiveram em Brasília onde fizeram uma explanação detalhada sobre o que pensa a UGT a respeito da crise e quais as propostas para enfrentá-la. "Esses encontros com o primeiro escalão do governo federal foram proveitosos. Tanto é que o próprio governo já vem adotando, mesmo que parcial, as propostas por nós elaboradas", salienta Pegado.
Um ponto que, na opinião de Canindé Pegado, será enfocado por Patah, em sua palestra no Fórum Social Mundial é com respeito ao desemprego. Na semana passada, por exemplo, durante manifestação contra a taxa de juros, o presidente da UGT denunciou que em dezembro já haviam ocorrido mais de 130 mil demissões de trabalhadores em São Paulo. Nesta segunda-feira(26) o próprio governo, no site Agência Brasil, noticiou com base em dados da Fiesp, que no último mês de 2008, 130 mil trabalhadores da indústria paulista foram demitidos, o que provocou uma queda sazonal de 2,72% no nível de emprego. "Uma das propostas da UGT é que o governo condicione empréstimos de bancos públicos ou incentivos às indústrias, a não demissão", conclui Canindé Pegado.
A Plenária desta terça-feira (27) será realizada no Centro Cultural "Palácio dos Barres"(Av. Alcindo Cacela S/n - Praça Princesa Izabel, bairro Condor, em Belém). Ricardo Patah abre o ciclo de palestra. A seguir será a vez da Desembargadora Dra. Francisca de Oliveira Formigosa, presidente do TRT do Pará, que falará sobre "O desafio da Justiça do Trabalho na construção de um judiciário cidadão e pacificador dos conflitos oriundos do mundo do trabalho". O economista e coordenador técnico do Dieese do Pará, Roberto Sena, fecha a Plenária com o tema "Empregabilidade infantil no Pará e a crise econômica e seus reflexos na economia local"."
UGT - União Geral dos Trabalhadores