26/01/2009
FINANCIAMENTO CONDICIONADO À MANUTENÇÃO DO EMPREGO
A UGT, através de seu presidente, Ricardo Patah, expressou ao Governo sua posição em relação à garantia dos empregos em meio à crise. Para a terceira maior central sindical do país, o Estado tem condições de assegurar principalmente o cargo dos trabalhadores de empresas que recorreram a financiamento público.
Como credor, o Governo poderia estabelecer acordos formais como condição para conceder os empréstimos. Se há investimento estatal é possível haver alguma forma de controle", diz Aldo Liberato, secretário nacional do Servidor Público da UGT.
Em entrevista ao site Congresso em Foco (http://congressoemfoco.ig.com.br), Ricardo Patah defendeu maior participação do Estado nos acordos firmados entre patrões e empregados. Há estimativas de que pelo menos 154 mil pessoas percam seus empregos por conta da crise.
Para Aldo Liberato, a crise financeira é causada majoritariamente pelo capital oportunista ou especulativo. "Que Governo e empresas cheguem a um consenso. O que não pode é deixar o trabalhador e pai de família na rua, quem menos pode arcar com o ônus da recessão".
Batata quente
A crise econômica mundial vem sendo encarada como uma batata quente e o Brasil não foge à regra. Nem empresas nem Governo querem que a bomba exploda em suas mãos. Recentemente a montadora de automóveis Renault suspendeu mil postos de trabalho e repassou a responsabilidade pelos salários ao Governo, através do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Para evitar que novos casos como este ocorram, o ministro Lupi anunciou a discussão de novas regras para liberação do FAT quando for solicitado para cobrir despensas temporárias. "
UGT - União Geral dos Trabalhadores