21/01/2009
A União Geral dos Trabalhadores - UGT, condena a decisão do Copom em reduzir a taxa de juros em apenas 1%. Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, essa decisão reflete a insensibilidade do Banco Central diante da crise econômica mundial e é uma medida que vai na contramão da lógica para o momento que a economia atravessa, principalmente quando os BCs do mundo estão reduzindo as taxas de juros para que a população tenha acesso ao crédito.
O presidente da UGT diz que mais uma vez o Banco Central dá demonstração de que está contra os trabalhadores e o Brasil, e em defesa dos interesses dos banqueiros. Para Ricardo Patah faltou aos economistas de plantão no BC uma visão macro do mercado, pois diante da atual situação é necessário mais crédito para financiar o nível de consumo, mantendo a taxa de emprego num patamar que garanta a estabilidade econômica. A taxa selic deveria ter uma redução de no mínimo 2%. A decisão do BC só contribui para a inibição do crédito e o desemprego", assegura o sindicalista.
O presidente da UGT diz que os indicadores da indústria e varejo apontam uma desaceleração na demanda pela falta de crédito e um dos grandes responsáveis é a manutenção dos juros quase 10 pontos acima da inflação.
Patah acusa o BC de atuar contra os trabalhadores, pois a redução dos juros de apenas 1% leva a contenção do crédito, do consumo e, conseqüentemente, reduz o ritmo de crescimento da economia e promove a eliminação de postos de trabalho, sinalizando para o fantasma do desemprego."
UGT - União Geral dos Trabalhadores