15/12/2017
O Grupo Abril começou na quarta-feira (13) um processo de reestruturação, inclusive demissões e a entrega de parte dos imóveis que ocupa, na Marginal Pinheiros, em São Paulo.
A Folha apurou que a primeira etapa de cortes, na quarta, superou uma centena de funcionários, de diferentes áreas, inclusive redações, e prossegue pelo menos até o final desta semana, com números ainda maiores.
Não foi possível confirmar o fim de revistas, além daquelas já anunciados recentemente, caso da "Estilo", descontinuada em novembro.
Em nota, Arnaldo Figueiredo Tibyriçá, presidente-executivo do Grupo Abril, confirma que o processo começou nesta quarta: "Demos os primeiros passos de uma reorganização que, infelizmente, envolveu o desligamento de alguns colaboradores".
Ele afirma que "esse movimento viabilizou um redesenho de estrutura e processo", com o objetivo de lidar com o "legado estrutural" anterior, de negócios mais diversificados, e "ajustar a estrutura para alavancar os negócios atuais".
"É um movimento voltado para a eficiência e rentabilidade por meio da redução e simplificação da nossa estrutura", diz.
RECUPERAÇÃO
Por outro lado, Tibyriçá negou os rumores, que corriam desde quarta no mercado de mídia, sobre um pedido de recuperação judicial, que levariam o grupo a ser administrado por interventores.
"Quanto aos boatos de que estaríamos num processo de recuperação judicial, garanto que isso não faz parte da minha missão porque a superação de nossos desafios não requer medidas desse tipo", diz o executivo, que até novembro era o vice-presidente jurídico do grupo.
"Profissionalmente, apesar da minha formação jurídica, eu não tenho nenhum interesse em participar de um cenário desses. Aceitei o desafio de ser presidente da Abril para gerar valor e lidar com desafios de negócios. Alimentar boatos equivocados como esse indica apenas um desconhecimento sobre nossos negócios."
Fonte: Folha de SP
UGT - União Geral dos Trabalhadores