16/11/2017
Por mais de um mês, 25 representantes de organizações sindicais de 23 países da América Latina, Oriente Médio e África estiveram reunidos na TODAIE (Instituto de Administração Pública para a Turquia e para o Oriente Médio), em Ancara, na Turquia, no II Programa de Certificação em Sindicalismo Internacional e Políticas Sociais.
O Programa foi promovido pela MEMUR-SEN, central sindical que representa os servidores públicos da Turquia. Lá, os trabalhadores se dividem entre o setor público e o privado e suas representações em centrais sindicais também são separadas, diferentemente do modelo brasileiro, em que ambos os setores ficam sob o mesmo guarda-chuva da central sindical.
A MEMUR-SEM é a maior central sindical do setor público, tendo mais de 950 mil filiados, representando 5 milhões de trabalhadoras e trabalhadores em 11 diferentes setores do serviço público.
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) participou do Programa, representada por Luiz Gustavo de Pádua, secretário nacional de Juventude e coordenador da Jornada 2030, e por Gustavo Garcia, coordenador de Projetos de Trabalho Decente da Central.
Segundo Gustavo Pádua, “fazer parte deste Programa foi uma oportunidade única de aprender muito sobre como a luta sindical acontece em lugares do mundo que nós, no Brasil, não estamos acostumados e muitas vezes não entendemos. Há um mundo de experiências diversas que nos são estranhas e, neste Programa, pudemos ampliar nossos horizontes e contribuir com nossa visão e nossas boas práticas. Certamente, nosso trabalho sindical será afetado positivamente por esta experiência e acreditamos que as boas práticas apresentadas por nós, como UGT, trarão bons frutos para muitas das organizações que participaram do evento”.
Durante cinco semanas, os sindicalistas tiveram aulas com professores do TODAIE sobre temas como migração, trabalho decente, economia e política internacional e participam de debates, palestras e apresentações das experiências de cada país, além de visitar instituições públicas e privadas, como sindicatos, centrais sindicais, fábricas e representações de setores produtivos e empresariais. “Voltamos para o Brasil com muita teoria a ser colocada em prática e deixamos às companheiras e aos companheiros alguma semente ugetista plantada que certamente dará bons frutos em outros países”, finalizou Pádua.
Os representantes da UGT, além de participar da formação, foram convidados a contribuir como palestrantes no Programa, apresentando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas) e o projeto da Jornada 2030 da UGT. Também deram entrevistas sobre a reforma trabalhista no Brasil e seu impacto na vida dos trabalhadores e das organizações sindicais e produziram artigo sobre esse tema, a ser publicado na revista da MEMUR-SEM.
UGT - União Geral dos Trabalhadores